Ainda se estabelecendo no mercado, a Polestar, antiga divisão esportiva da Volvo e atual marca de elétricos do grupo Geely, resolveu lançar um novo SUV cupê. Batizado simplesmente de Polestar 4, o novo modelo dispensou o vidro traseiro em favor de um estilo mais moderno. Mas isso é seguro?
A Volvo sempre foi uma marca que prezou pela segurança – até mais que outras montadoras. Só que esse novo SUV cupê vai contra o que marca sempre empregou, por isso foi lançado como Polestar, não como Volvo. Para contornar o problema que ela mesma criou, o 4 tem câmera traseira no lugar do retrovisor.
A antena tipo tubarão que fica no final da área preta do teto possui uma câmera de alta definição que transmite imagens diretamente ao retrovisor central. Até porque, um espelho ali serviria somente para ver a cabeça dos passageiros traseiros ou um grande paredão. Estiloso é, mas nem um pouco seguro.
Meios termos
Essa remoção do vidro traseiro foi usada para dar ao Polestar 4 um visual mais esportivo e moderno – ainda que, um vidro ali não faria mal ao design. A linha de cintura é bem alta, com teto arqueado e baixo. Com para-lamas musculosos, ele tem um porte bastante atlético.
Na dianteira, o martelo de Thor típico da Volvo, é traduzido de maneira diferente nos Polestar. A única abertura de ar fica em um trapézio no para-choque, enquanto o restante do visual é limpo como nos Tesla. Um forte vinco na parte inferiror das portas ajuda a dar caráter ao modelo.
O interessante é notar que o visual o coloca em um meio termo entre um sedã e um SUV cupê. Esse tipo de estilo já foi visto no Polestar 2, mas também no Peugeot 408 e no Citroën C4 X e C5 X. Podemos dizer até que o Fiat Fastback também bebe dessa fonte. Enquanto não há nome para essa categoria, são tratados como SUV cupê.
Ecologicamente correto
A cabine foi totalmente feita em materiais não animais, com direito a imitação de couro feito com 100% de garrafas PET recicladas. Os carpetes são feitos de econyl e fibras naturais de polipropileno estão nas portas. O Polestar 4 traz ainda os típicos cintos amarelos que estavam prestes nos Volvo Polestar.
A cabine é bem minimalista, com console central alto e linhas horizontalizadas. O painel é uma tela de 10,2 polegadas acompanhada de um head-up display de 14,7 polegadas. A central multimídia, com sistema Android Automotive, apresenta tela de 15,4 polegadas. Há ainda sistema de som com alto-falantes no encosto de cabeça, além das 12 caixas de som.
Só elétrico
Repetindo a estratégia de todos os modelos da Polestar (exceto o 1, que foi lançado híbrido, mas já saiu de linha), 4 só tem motores elétricos. A versão Long Range Single Motor entrega 272 cv e 34,9 kgfm de torque com autonomia de 600 km. Para ter mais, é preciso partir para o Long Range Dual Motor, que sobe para 544 cv e 69,9 kgfm.
Essa variante desce a autonomia para 560 km, mas conta com um sistema de embreagens que permite desengatar o motor elétrico dianteiro para melhorar a eficiência e baixar o consumo de bateria. A variante mais potente faz de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos e traz suspensão semi-ativa.
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