Durante suas primeiras gerações, o Volkswagen Polo contava com versão sedã na Europa e em outros mercados. Essa variante já foi chamada de Derby, Polo Classic, Vento e na Índia, como sedã curto, se chama Ameo. Mas desde que se tornou Volkswagen Virtus com desenvolvimento no Brasil, ele não havia cruzado o Oceano Pacífico.
Agora, contudo, o Volkswagen Virtus passa a ser vendido na Índia. Porém, não exatamente como um VW. Ele ganha a vida como Skoda Slavia, trazendo de volta os tempos de compartilhamento de modelos entre as marcas do grupo alemão (dança que também já teve participação da Seat).
Atualmente a grande maioria dos modelos Volkswagen, Skoda e Seat que tem posicionamento igual no mercado são construídos somente sobre a mesma plataforma. Combinações como Seat Cordoba e VW Polo Classic, que tinham painéis de carroceria idênticos, há tempos não acontecia. Mas é justamente isso que Virtus e Slavia fizeram.
Muito de Virtus em muito de Skoda
O Skoda é idêntico ao Volkswagen de lateral: nenhuma chapa foi alterada, nem mesmo os para-lamas. Isso obrigou o Slavia a seguir alguns recortes do Virtus, como o de lanternas e faróis. Contudo, o estilo entre eles é bem diferente. O novo modelo tem frente mais ousada e agressiva, evidenciado pelo capô com vincos fortes e grade frontal grande.
Full-LED, os faróis se integram à grade frontal, criando o efeito visual típico da Skoda. Já as aberturas de ar do para-choque têm desenho praticamente idêntico ao do Fiat Cronos, mas com recortes mais retos. A traseira tem lanternas de LED invadindo a tampa do porta-malas somente com um fino filete.
O para-choque tem recortes bem evidentes e um visual mais ousado que o do Volkswagen Virtus. Mas é por dentro que é vista uma certa evolução em relação ao modelo da marca alemã. As portas são as mesmas, com plástico duro, mas com revestimento marrom e bege, bastante apreciado na Índia.
O painel tem linhas horizontalizadas mais elegantes que as presentes no sedã do Polo. Volante com dois raios é ousado e é acompanhado pelo painel de instrumentos digital de oito polegadas usado pelo Taos Comfortline. Central multimídia é flutuante, mas menor que a VW Play usada no Brasil.
Há ainda ar-condicionado com comandos sensíveis ao toque recentemente incorporados na versão Highline do sedã no Brasil. Mas o que existe no Slavia e não está disponível no Virtus é o tão desejado teto solar. Se ele está pronto, por que não usar no modelo brasileiro?
Turbo e manual
Debaixo do capô, o Skoda Slavia conta com o mesmo motor 1.0 TSI do Volkswagen Virtus. Contudo, ele entrega 115 cv contra 128 cv do brasileiro. Há também como opção o 1.5 TSI de 150 cv, mesma potência do Virtus GTS, que usa motor 1.4 de concepção um pouco mais antiga.
O que muda é a transmissão. Todo Slavia 1.0 TSI tem câmbio manual de seis marchas, indisponível no Brasil. O automático tradicional de seis marchas também é oferecido. Já o modelo mais potente usa também o manual de seis marchas, que seria muito interessante de ver no Virtus GTS, ou o DSG de dupla embreagem com sete marchas.
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