Nem sempre os pioneiros são os que fazem sucesso. E foi isso que aconteceu com o Volkswagen up!. Primeiro dos compactos a adotar motor 1.0 três cilindros turbo no Brasil, ele não sobreviveu à onda dos SUVs e de hatches mais sofisticados e deixa nosso mercado após 7 anos de serviços prestados.
Lançado em 2014, o Volkswagen up! foi criado para ser o modelo de entrada da marca. Contudo, por ter construção mais sofisticada e mais segurança que o Gol, aos poucos foi subindo de preço e deixando o papel de carro de entrada para o veterano.
As vendas nunca foram altas: o up! sempre vendeu menos que Kwid e que Mobi. Contudo, o hatch foi abraçado pelo público entusiasta quando recebeu motor 1.0 TSI três cilindros turbo. Além da famosa tampa preta. É mais comum encontrar up! TSI modificados e preparados que um modelo original rodando pelas ruas.
Ainda assim, não foi suficiente para manter o subcompacto em linha, dadas as vendas baixas. Já havia indicativos de que ele e o Fox saíram de linha em 2021. O que se intensificou com a confirmação da fabricação do Polo Track na planta de Taubaté que, até então, fazia o up!. Caro de produzir e com plataforma única para ele, sua continuidade não fazia mais sentido.
O agravante do up! foi que ele passou todo o ano de 2020 com restos de estoque. Já que naquele ano entrou em vigor a lei que determinava que todos os carros vendidos no Brasil deveriam contar com cinto de três pontos e encosto de cabeça para todos os passageiros e ISOFIX para fixação de cadeirinhas infantis.
O up! atendia à quase todos esses requisitos, menos o cinto de três pontos. A solução da Volkswagen chegou há três meses quando a linha 2021 foi revelada. O modelo perdeu as versões MPI e Connect, passando a ser vendido somente na aventureira Xtreme. Além disso, foi homologado novamente para quatro passageiros.
A volta do up!?
As vendas continuaram baixas e a proximidade da chegada do Polo Track colocaram fim à vida do up! no Brasil. Rumores apontam para seu retorno em breve como um modelo elétrico. Ele deverá ser importado da Europa em uma variante cheia de equipamentos e preço acima dos R$ 100 mil.
O problema é que o up! europeu é menor que o brasileiro e tem vidro traseiro que não se abre. Resta saber se o subcompacto terá uma segunda chance por aqui ou se esse é o começo do fim dos subcompactos no Brasil.
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