Lançado no Brasil em 2009 e reestilizado em 2012, o Volkswagen Tiguan vendido no Brasil permanece com o mesmo visual de cinco atrás. Apesar do estilo sóbrio frente à concorrência (leia-se Jeep Compass, Hyundai New Tucson, para citar os principais), o SUV alemão tem qualidades de destaque, como boa dirigibilidade e uma dose interessante de esportividade, méritos do motor 1.4 TSI.
Mais recente novidade do modelo, introduzida em 2016, o motor 1.4 TSI gera 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque, disponíveis entre 1.500 e 3.500 rpm. Enquanto a antiga versão topo de linha 2.0 de 200 cv (aposentada há dois meses) era equipada com câmbio automático Tiptronic de seis marchas, o Tiguan 1.4 TSI utiliza a caixa DSG automatizada de dupla embreagem de seis velocidades. O propulsor é o mesmo oferecido em modelos como Golf e Golf Variant, mas bebe somente gasolina. Segundo a marca, o Tiguan vai de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos e atinge a máxima de 195 km/h.
Na lista de equipamentos de série há seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois de cortina), controles de tração e estabilidade, sistema Isofix de cadeirinhas infantis, controle de velocidade, faróis de neblina e sensor de estacionamento. Fecha o pacote a iluminação ambiente, freio de estacionamento eletrônico com função “Auto-Hold” (permite tirar o pé do freio em paradas, tanto em subidas quanto em descidas) e rodas de liga leve de 17 polegadas.
Vendido em versão única por R$ 128.270, o SUV tem entre os opcionais o teto solar panorâmico (R$ 7.025) e o Pacote Elegance (R$ 6.037), que traz ar-condicionado digital de duas zonas, câmera de ré, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, chave presencial para partida e acesso, partida por botão, além de central multimídia Discover Media com navegador GPS, entre outros. Somados todos os opcionais, o Tiguan ultrapassa os R$ 140 mil.
Apesar de equilibrar bom comportamento em curvas (lembrando até um hatch) a um nível de conforto considerável, o Tiguan já mostra os sinais da idade. Ele está praticamente esquecido entre os SUVs médios, vendendo apenas 49 unidades em junho (dados Fenabrave), contra 1.063 unidades do Hyundai ix35 e 3.820 do Jeep Compass, por exemplo. Até mesmo concorrentes como Mitsubishi Outlander (393) e Kia Sportage (318), também distantes dos mais vendidos da categoria, tiveram números melhores. No acumulado do ano até junho, a situação também é melancólica: são 382 carros emplacados.
Mas o mau desempenho pode ter um motivo: a chegada da segunda geração. Apresentado na Europa em 2016, o novo Tiguan tem previsão de chegar ao Brasil no primeiro trimestre de 2018, mas apenas na versão Allspace 2.0 TSI, com maior porte e sete lugares. Detalhe: ela poderá conviver com o Tiguan atual por algum tempo.
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