Há 30 anos, o Volkswagen Logus era lançado no Brasil. Apresentado em fevereiro de 1993, o sedã era mais um dos frutos da Autolatina, a parceria entre VW e Ford que acabou em 1996. E como se passaram três décadas de seu lançamento, já é possível solicitar a placa preta para o modelo, caso haja uma unidade que atenda aos requisitos.
O Logus foi a segunda tentativa da Volkswagen de fazer um sedã com uma plataforma da Ford. Alguns anos antes, coube ao VW Apollo essa missão, sendo um gêmeo quase idêntico do Ford Verona, o sedã do Escort. As baixas vendas fizeram a Autolatina desistir do Apollo em poucos anos.
Quando o Logus surgiu, o principal objetivo era não repetir o mesmo erro e criar um modelo com personalidade própria. Afinal, mesmo sendo parceiras, Volkswagen e Ford têm identidades diferentes. A plataforma escolhida para o novo três volumes era novamente a do Escort, mas já a de quarta geração (segunda no Brasil).
E, de fato, o sedã conseguia ter uma identidade de VW e disfarçar melhor sua origem Ford. Com 4,28 m de comprimento e entre-eixos de 2,52 m, o Logus entregava um bom espaço para a época e tinha um porta-malas de 416 litros. Inicialmente, três versões foram lançadas, com motores 1.6 CHT (Ford) e 1.8 AP (VW).
Volkswagen Logus Wolfsburg Edition
A edição mais memorável do carro foi a Wolfsburg Edition, lançada em 1994. Esta série especial tinha cores exclusivas e um maior apelo esportivo. Os faróis foram trocados pelos do VW Pointer, o irmão hatch do Logus, que eram maiores. Outro diferencial era o motor 2.0 AP, que estreou naquele ano na gama do sedã, sendo também oferecida na versão GLS, a topo de linha.
No entanto, a trajetória do VW Logus (e do Pointer) foi curta. Ainda em 1994, Ford e Volkswagen anunciaram o divórcio. A separação e o fim da Autolatina aconteceu dois anos depois, em 1996, quando também se encerrou a produção do sedã, já que ele era feito na fábrica de São Bernardo do Campo da Ford.
Ao todo, foram produzidas 125.332 unidades do Logus, e o modelo azul das fotos deste texto está na Garagem II da Volkswagen, na fábrica da Anchieta. Com cerca de 3 mil km rodados, o carro foi utilizado pela engenharia e depois foi guardado pela montadora.
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