A Stellantis decidiu encerrar a produção do motor 1.8 16v E.torQ, que era produzido na unidade de Campo Largo (PR). Fora das regras de emissões do Proconve L7, o motor deixou de ser ofertado em todos os carros ainda em 2021 no Brasil. Produzido apenas para exportação, o conjunto ainda era usado em carros nos países vizinhos, como na Argentina, com Fiat Cronos e Jeep Renegade.
De acordo com a Stellantis, a decisão de encerrar a produção do 1.8 em Campo Largo faz parte do seu plano estratégico de neutralizar emissões até 2038, de acordo com informações dos nossos amigos do Motor1. Segundo o grupo, os 214 funcionários da unidade receberam propostas de transferência para outras fábricas.
“O foco na fabricação de motores mais modernos foi antecipado pela Companhia, que já propôs a transferência de trabalhadores para outras de suas unidades no Brasil, ao mesmo tempo em que auxilia na transição dos que decidirem permanecer junto às demais empresas locais. A partir de hoje, todo apoio individual será fornecido pela empresa.”, disse a Stellantis em nota.
A Stellantis também não confirmou o destino da fábrica, mas há rumores de que a unidade possa receber investimentos futuros. A fábrica de Campo Largo foi inaugurada em 1999, como uma unidade que nasceu a partir da parceria da BMW com a Chrysler. Os motores produzidos aqui eram exportados e usados em carros em outros países. No Paraná eram feitos motores 1.4 e 1.6 16v a gasolina, da linha Tritec.
Em 2008 passou a ser da Fiat, onde a produção do motor 1.6 continuou e a partir do 1.6 nasceu o 1.8 E.torQ. Aqui, o motor 1.8 foi usado por uma série de carros. Entre eles, os Fiat Doblò, Linea, Idea, Bravo, Weekend, Strada, Argo, Cronos e Toro. Já na Jeep, o motor esteve no Renegade. Nos seus últimos anos de mercado brasileiro, o motor entregava 139 cv e 19,2 kgfm de torque.
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