Nenhuma marca mais está a salvo da crise dos semicondutores. Nem mesmo a Fiat, que saiu ilesa por muitos meses, conseguiu segurar as pontas. Agora a Renault mostra mais um sinal de desgaste causado pela falta de componentes eletrônicos. A fábrica de São José dos Pinhais (PR) terá ritmo de produção diminuído e funcionários serão demitidos.
Segundo informações do Automotive Business, a Renault prepara um programa de demissão voluntária (PDV) no qual espera ter pelo menos 250 adesões. A marca oferece 10 salários, verba rescisória e plano de saúde por seis meses. Caso não consiga a adesão necessária, fará a demissão involuntária de funcionários.
Os que forem cortados terão as verbas rescisórias garantidas, assim como convênio médico, mas reduzido para quatro meses ativos. Haverá também pagamento de cinco salários. Outra consequência será a diminuição do ritmo de produção com a suspensão temporária de contratos (lay-off) de mais alguns funcionários.
Durante os próximos cinco meses 300 funcionários ficarão em casa com redução de 85% a 70% do salário líquido. A jornada de trabalho terá 18 dias a menos por ano, sendo 3 jornadas de trabalho reduzidas por mês. Desde que a crise dos semicondutores começou, a Renault já demitiu 747 pessoas.
Vale lembrar que a fábrica de São José dos Pinhais no estado do Paraná é a única fábrica que a Renault tem no Brasil. Por lá é produzida toda a sua linha nacional de carros, ou seja, Kwid, Sandero, Logan, Stepway, Duster, Oroch, Captur e a van Master. Por lá também são feitos os motores 1.0 SCe e 1.6 SCe usados nos modelos anteriormente citados.
Vale destacar que a fábrica tem capacidade de produção para 380 mil carros por ano e chegou a fazer um veículo por minuto por lá.
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