Tudo que é bom dura pouco. Depois de 32 dias na ativa, o programa de carro popular do Governo Federal acabou nesta sexta-feira (07). A medida visava baixar o preço dos carros no país e aumentar as vendas. Os modelos mais beneficiados custavam até R$ 120 mil e precisavam bater metas de emissões e de produção nacional para ganhar mais descontos.
O anúncio do encerramento foi feito pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, e divulgado pela revista Auto Esporte. O fim do programa se deu porque o crédito de R$ 800 milhões disponibilizado pelo governo para baixar o valor dos carros foi consumido em pouco mais de um mês.
Segundo a Anfavea, é esperado que 150 mil carros sejam vendidos graças a essa medida. Até junho, 54 mil automóveis foram emplacados graças ao programa, outros 79 mil foram vendidos no mesmo mês, mas não foram emplacados, enquanto 17 mil modelos aguardam em estoque.
Vale lembrar que, originalmente, o programa previa R$ 500 milhões em créditos. Contudo, o montante foi consumido em três semanas, o que levou à expansão para os R$ 800 milhões finais. Só que, nessa expansão, R$ 150 milhões foram reservados para compensar a perda de arrecadação de PIS/Cofins e IPI.
Segundo a Fenabrave, essa medida possibilitou 8% de crescimento nas vendas de carro 0 km no Brasil. De todas as marcas, a Stellantis foi a que mais se beneficiou. Foram R$ 270 milhões em créditos para o grupo sendo divididos em R$ 230 milhões para Fiat e Jeep e outros R$ 40 milhões para Peugeot e Citroën.
A Volkswagen ficou com R$ 100 milhões, seguida pela Renault com R$ 90 milhões, Hyundai com R$ 60 milhões, Chevrolet com R$40 milhões, Nissan com R$ 20 milhões e Honda e Toyota empatadas com R$ 10 milhões em créditos solicitados cada.
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