Preparada para tempos de vacas magras após o fim dos descontos do Governo Federal, a Volkswagen havia instaurado período de paralização total de suas fábricas no Brasil. Mas, no melhor espírito da frase “parece que o jogo virou, não é mesmo?”, a marca alemã desistiu de fazer isso com uma de suas plantas por conta das vendas altíssimas do Polo.
Surpreendendo a todos, o Volkswagen Polo tem se consolida como o carro mais vendido do Brasil durante todo o mês de julho. Até o dia 24, segundo dados da Fenabrave, o compacto alemão emplacou 11.888 unidades. É o único carro a ter mais de 10 mil unidades comercializadas no período.
Em segundo lugar, temos o Hyundai HB20 com 9.945 unidades emplacadas, enquanto a Fiat Strada, que era líder até então, está atrás do Chevrolet Onix (8.294 unidades) com 7.741 unidades vendidas. Por conta dos surpreendentes resultados e da alta demanda vinda das concessionárias, a Volkswagen mudou os planos.
Apesar de seus pátios lotados de estoques, a planta de Taubaté, interior de São Paulo, voltará a produzir o Polo Track e as demais versões do hatch compacto que também são feitas por lá. Com isso, o lay-off de 800 trabalhadores foi cancelado. A ideia era que seus contratos fossem suspensos por cinco meses.
Contudo, todos eles receberam férias coletivas de 10 dias, que será iniciada em 31 de julho e vai até 9 de agosto. Com isso, a Volkswagen espera que parte dos estoques sejam desovados e vendidos rapidamente, possibilitando o retorno total da produção na tentativa de fazer o Polo se tornar o carro mais vendido do Brasil no acumulado do ano.
Arroz com feijão
Vale ressaltar que esse título hoje pertence à Fiat Strada a qual, no acumulado do ano até junho, tem 50.546 emplacamentos. Se o Polo quiser o título, precisa comer muito arroz com feijão, pois suas 37.722 unidades emplacadas o colocam como terceiro carro mais vendido do Brasil.
Lembrando que o Gol foi líder por 27 anos seguidos e o Fusca por 22 anos. Já o Polo, jamais em sua história ficou dentro até do top 5 de carros mais vendidos do Brasil. Ao menos esse jejum, deve oficialmente terminar em 2023. Já a liderança, é uma esperança da Volkswagen, mas ainda com pouca chance de acontecer.
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