A Mercedes-Benz anunciou que não tem planos de se tornar totalmente elétrica até 2030 em alguns mercados, incluindo a Europa. O CEO da empresa, Ola Källenius, fez essa declaração durante a conferência de imprensa anual da marca. A montadora alemã também abandonou a meta de que 50% do volume de vendas venham de sua linha híbrida e elétrica até 2025.
A decisão da Mercedes-Benz foi motivada pela adoção lenta de veículos elétricos e híbridos em muitas partes do mundo. A linha EQ da marca, que engloba veículos elétricos, recebeu uma resposta morna desde o seu lançamento.
Comentando sobre essa decisão, Ola Källenius afirmou que a transformação para veículos elétricos não é uma jornada linear. Ele destacou que a mudança sistêmica e a necessidade de mudar toda a infraestrutura energética por trás da mobilidade são desafios enormes. No entanto, ele enfatizou o compromisso da empresa em buscar a neutralidade de CO2 até o final da próxima década.
Em relação às vendas, a Mercedes-Benz registrou um aumento mínimo de 1,5% em relação a 2022, com um total de 2.491.600 veículos vendidos em 2023. As vendas mundiais de veículos totalmente elétricos aumentaram 73% durante o ano, atingindo 222.600 unidades. No entanto, as vendas desses veículos representaram apenas 11% do volume total de vendas da marca, enquanto as vendas de todos os veículos movidos a bateria, incluindo híbridos, representaram 19%.
Elétricos da Mercedes
A linha EQ da Mercedes-Benz foi lançada em 2021 com o SUV totalmente elétrico EQC e desde então tem sido expandida para incluir uma variedade de novos modelos, como sedãs, vans e SUVs. Além disso, a montadora pretende lançar uma versão totalmente elétrica do G-Class, chamada ‘EQG’, que já foi mostrada em várias ocasiões. Recentemente, a marca também apresentou o conceito de sedã elétrico de quatro portas CLA no Salão do Automóvel de Munique de 2023. A versão de produção desse modelo será construída na plataforma MMA para veículos elétricos e híbridos.
Em resumo, a Mercedes-Benz optou por manter a fabricação de veículos a combustão ao longo da próxima década devido à baixa adoção de veículos elétricos e híbridos em muitos mercados. A marca continua comprometida com a neutralidade de CO2 até o final da próxima década e busca atender às necessidades dos clientes até 2030.
Acredita que a Mercedes-Benz está certa em sua decisão? Deixe nos comentários a sua opinião.
>> 5 chatices que os brasileiros têm com os carros
>> Tesla Cybertruck ganha novas cores, mas com uma condição
>> Cinco carros que têm nomes diabólicos