A Great Wall está preparando as fundações para sua forte expansão global. Hoje a marca tem apenas uma fábrica fora da China, especificamente na Rússia. Mas ela se prepara para ter cinco linhas de produção em diversos continentes, incluindo a Europa. E justamente por isso ela está de olho na planta da Nissan.
A ideia da Great Wall em sua expansão global é ter países com grande capacidade produtiva para que sejam responsáveis pela fabricação para boa parte do continente. A Rússia foi a primeira nesse plano, sendo responsável por abastecer o leste europeu. Por lá foi erguida uma fábrica do zero, mas com uma parceira local.
Para facilitar a segunda parte do plano de expansão da Great Wall, ela está adquirindo fábricas já prontas ao redor do mundo. A antiga planta da Mercedes-Benz em Iracemápolis, interior de São Paulo, foi arrematada pela chinesa neste ano. Nosso país será responsável por produzir modelos para toda América Latina.
Já a General Motors vendeu duas fábricas suas para a marca chinesa. Uma foi na Tailândia, par abastecer o sudeste asiático, enquanto a fábrica na Índia absorverá toda produção local. Ambas, vale lembrar, produziam carros da Chevrolet antes de serem compradas pela marca chinesa.
Great Wall na Europa?
O movimento mais ousado da marca chinesa, entretanto, está para acontecer. A Great Wall quer comprar um complexo da Nissan com três fábricas em Barcelona, Espanha. Foi difícil para a Aliança conseguir vender essa planta deficitária, mas hoje já há um acordo pré-estabelecido.
Esse complexo conta com três fábricas, sendo que as duas menores foram já adquiridas pela Silence e pela QV Technologies. Uma produzirá utilitários comerciais elétricos da Inzile e caminhões elétricos da Volta. Já a outra fará motos e scooters elétricas. Sobraria a fábrica maior para a Great Wall, mas a chinesa quer tudo.
Segundo o Channel News Asia, a dona da Ora, Wey e Haval quer todo o complexo espanhol para si. Com isso, promete manter os 1.300 empregados atuais e expandir o quadro de funcionários. Como a negociação tem intervenção do governo espanhol, a Nissan poderá aceitar a oferta da Great Wall ao invés de despedaçar o complexo fabril.
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