Prestes a lançar o livro Alianças Quebradas (Broken Alliances no título original), o empresário brasileiro Carlos Ghosn resolveu alfinetar a Nissan durante uma entrevista à Fox Business. Entre as frases mais fortes, Ghosn opinou que a Nissan se tornou uma marca “chata e medíocre, que vai lutar para encontrar seu lugar na indústria automotiva”.
O empresário afirmou que os japoneses ficaram insatisfeitos com sua política de colaboração entre Nissan e Renault. A fabricante de Kicks e Versa queria mais autonomia, enquanto Ghosn acreditava em uma sinergia mais forte para reduzir custos e permitir que as marcas tivessem mais lucro.
“O governo japonês e alguns executivos japoneses pensaram que a sinergia entre França e Japão na aliança não seria respeitada. O governo francês agia de um jeito que buscava um pedaço muito maior na aliança”, explica Carlos Ghosn durante a entrevista ao portal.
Depois de ser destituído do cargo, preso e ter fugido do Japão para o Líbano, o ex-presidente da Nissan alfinetou a marca dizendo que ela “voltou a ser o que era em 1999, mesmo depois de 19 anos de trabalho. Estávamos construindo um sistema onde ela seria parte de algo completamente novo do ponto de vista da inovação técnica”.
Ele ainda explica que em seu livro contará como o processo contra ele teve relação direta com a fusão de toda Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi “Greg Kelly (ex-vice-presidente da Nissan acusado de ajudar Ghosn na fuga) está preso ainda no Japão. Ele está esperando pela decisão do julgamento, que vai acontecer em março de 2022, três anos depois da prisão. Ele vai contar como movimentos artificiais foram feitos para interromper a fusão do grupo”.
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