Mitsubishi Eclipse Cross [Auto+ / João Brigato]

O segmento de SUVs, sejam eles compactos, médios ou grandes, está crescendo cada vez mais no mercado mundial de automóveis, inclusive aqui no Brasil. Todavia, alguns deles ficam completamente esquecidos nas concessionárias.

Este é o caso do Mitsubishi Eclipse Cross, que pertence a um segmento bem movimentado, mas não alcança números de vendas satisfatórios. Antes, o principal motivo para isso era o visual polêmico. Mas e agora depois do facelift?

Para atrapalhar ainda mais as vendas do modelo da montadora japonesa, a Mitsubishi recentemente elevou o preço de todas as suas versões, com aumentos padronizados em R$ 3.000 para qualquer uma delas.

Mitsubishi Eclipse Cross HPE-S [divulgação] — Mitsubishi Eclipse Cross [Auto+ / João Brigato]

Por que ele não vende bem?

Essa pergunta não é tão difícil de responder, pois o principal fator para o modelo ter baixo número de emplacamentos é o posicionamento de preços. Ser caro e não ter grandes diferenciais faz com que os consumidores não o escolham ao comprar um SUV desta categoria de médios.

Disponível atualmente em quatro versões, todas elas são sempre equipadas com o motor 1.5 turbo somente à gasolina. Ele rende até 165 cv e 25,5 kgfm, números que estão dentro da média deste segmento. A transmissão é CVT e simula 8 marchas.

Embora nada surpreendente, o conjunto mecânico do SUV é bom, então esse provavelmente não é o fator decisivo no momento de rejeição dos clientes. Até porque a versão mais cara contempla até mesmo uma eficiente tração nas quatro rodas chamada de AWD (All Wheel Drive).

Agora com o visual bem mais acertado, ele peca somente na ausência de conectividade e algumas tecnologias, como painel totalmente digital e uma central multimídia que tenha mais funções, uma tela maior e melhor qualidade de imagem.

A versão intermediária HPE, que tem um preço semelhante ao dos concorrentes nas versões mais caras, traz os seguintes itens como destaque: faróis em LED (inclusive neblina e DRL), retrovisores com desembaçamento, bancos em couro, ar-condicionado digital dual-zone, banco do motorista com ajustes elétricos, head-up display, multimídia de 7”, piloto automático convencional, 7 airbags, freio de estacionamento eletrônico, chave presencial e sensores crepuscular e de chuva.

Podemos ver que nenhum recurso de assistência à condução está presente na configuração intermediária do SUV, como frenagem autônoma de emergência, sensor de ponto cego, assistente de permanência em faixa, estacionamento automático e piloto automático adaptativo.

A conclusão é que se o Mitsubishi Eclipse Cross custasse bem menos do que o valor cobrado atualmente, com certeza ele seria uma opção mais atraente na concorrência com modelos de sucesso, tais como Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos.