Depois de revelada a lista com os carros que mais encareceram no Brasil em 2020, ficou notável o impacto do aumento do dólar nos modelos importados. Dos dez modelos presentes, apenas um deles, a Chevrolet Montana, era nacional. Mas e entre os carros produzidos no Brasil (e no Mercosul), como ficaram os aumentos?
Com dados fornecidos pela Jato Dynamics ao Auto+, mapeamos os carros produzidos no Brasil ou no Mercosul que tiveram maior aumento de preços em um ano. Os valores comparativos são de janeiro de 2019 e de janeiro de 2021.
E como não poderia deixar de ser, a líder é a Chevrolet Montana, que já marcava presença na lista geral. Com 36,8% de aumento após um ano, ela teve seu preço de R$ 55.190 reajustado em R$ 20.300 para R$ 75.490 por conta da aposentadoria da versão Sport e a inserção de novos itens de série na versão LS, a única que restou.
E entre as picapes, ela não está sozinha: dos dez modelos da lista, seis tem caçamba. Em segundo lugar fica a Toyota Hilux Cabine Simples com aumento de 35,1% no preço. Ela foi de R$ 130.990 para R$ 176.990 e foi uma das únicas variantes da picape média a não receber visual reestilizado.
Sua rival, a Chevrolet S10 na versão LS de entrada com cabine dupla, teve aumento de 30,3% em seu preço. A diferença é que, ao contrário da Hilux, essa variante recebeu mudanças no visual.
Em compensação, modelos como Renault Oroch, Mitsubishi L200 Triton Outdoor e Nissan Frontier não mudaram de estilo ou de equipamentos, mas ganharam preço mais alto. A Oroch Dynamique automática subiu 29,6% em um ano, a L200 Triton Sport GLX encareceu 26,2%, enquanto a Frontier Attack teve acréscimos sucessivos até alcançar 23,1% de reajuste.
Além das picapes
Não tão distante do mundo das picapes, os SUVs Troller T4 e Toyota SW4 tiveram aumentos parecidos. O parrudo modelo derivado da Ranger na versão XLT automática subiu 22,8% quando comparado a 2019. Já o SUV da Hilux teve aumento de 22% na versão topo de linha SRX – valores impulsionados pela reestilização.
Por fim, apenas dois modelos na lista não estão no mundo dos SUVs e picapes: Volkswagen Jetta e Renault Sandero. O sedã produzido no México deixou de receber a versão de entrada sem nome, recolocando a Comfortline como opção de entrada. O movimento não resultou em redução de preço; muito pelo contrário, esse Jetta ficou 24% mais caro.
Já o Renault Sandero se apresenta na versão esportivada GT Line com motor 1.0 três cilindros aspirado. Agora sem opção de motor 1.6 e câmbio CVT, a versão com adereços esportivos teve reajuste de preço de 25,4% ao longo de um ano.
Carros nacionais (Mercosul) com maior aumento de preços em 2020
- Chevrolet Montana LS – 36,8% de aumento
- Toyota Hilux Cabine Simples – 35,1% de aumento
- Chevrolet S10 LS – 30,3% de aumento
- Renault Oroch Dynamique Automática – 29,6% de aumento
- Mitsubishi L200 Triton Outdoor GLX – 26,2% de aumento
- Renault Sandero GT Line 1.0 – 25,4% de aumento
- Volkswagen Jetta Comfortline – 24% de aumento
- Nissan Frontier Attack – 23,1% de aumento
- Troller T4 XLT Automático – 22,8% de aumento
- Toyota SW4 SRX – 22% de aumento
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