A chegada da Borgward envolveu muitas expectativas. Mais expectativas da empresa que do próprio mercado. O retorno da empresa foi visto como uma aposta forte da história da Borgward junto do investimento chinês para fazer com que a marca voltasse ao seu auge. No entanto, não foi bem assim. Mesmo tendo apenas SUVs em linha.
O fim da Borgward marca mais uma vez o fracasso que a empresa teve nos últimos anos. Além de uma produção na China, os planos da Borgward contemplavam a construção de uma fábrica em Bremen, na Alemanha. Nos últimos anos, a empresa apresentou quatro SUVs: o primeiro deles e responsável pelo retorno da marca era o BX7, um SUV médio.
Além dele, vieram outros produtos como BX5, BX6 e mais recentemente o BX3, esse último como um SUV compacto. Tudo indicava que a marca teria o sucesso nas suas mãos ao apostar num segmento em alta em todo o mundo. No entanto, as vendas estacionaram em 55.000 unidades atingidas em 2019, melhor volume de vendas que a marca teve desde seu retorno.
Em 2021, dois anos depois do melhor volume de vendas, a Borgward teve apenas 3.600 unidades vendidas. Entre os anos de 2016 a 2018, a empresa viu acumular prejuízos de US$ 564 milhões. Com baixas vendas e uma dívida crescente, a Borgward encontrou o mesmo destino que a fez desaparecer do mapa no início da década de 1960.
De acordo com informações do Automotive News Europe, a pandemia foi um elemento crucial que fez a marca perder muito dinheiro sem poder vender seus carros. Como uma empresa novata, num modo de dizer financeiro, os sino-alemães não conseguiram manter o ritmo de vendas. Quando a Borgward voltou ao mercado, em 2016, a estimativa era que em 2020 a empresa pudesse vender cerca de 800 mil carros ao ano.
Na Europa, onde a empresa pretendia retornar, já que é uma marca alemã, o retorno conseguiu apenas fazer a marca chegar em Luxemburgo. Por ser um mercado pequeno, se torna praticamente insuficiente para fazer a marca retornar ao seu berço.
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