Uma semana de Mobi é mais do que a Fiat EUA vendeu em 2022

No Brasil a Fiat sabe bem como ler o mercado e desenvolver modelos especificamente para os nossos gostos – a ponto de ter somente o importado 500e e a van Ducato como modelos compartilhados com a Europa. Só que nos EUA, a situação é extremamente complicada. Vendendo só modelos retrô e pequenos demais para as ruas americanas, ela tem sofrido.

Ao longo de todo o ano de 2022, o Fiat Mobi vendeu 50.035 unidades segundo dados da Fenabrave e da Jato. Considerando até a última semana de setembro, já passamos por 39 conjuntos de sete dias em 2022, o que da uma média de 1.282 unidades do Mobi vendidas por semana. Nos EUA, a Fiat comercializou 801 carros ao longo do ano inteiro.

Ou seja, o subcompacto produzido no Brasil e modelo mais barato da marca no mundo conseguiu vender em menos de uma semana o equivalente a toda a linha da Fiat nos EUA. Só que, por lá o portfólio da marca é extremamente enxuto. Como ano/modelo 2022 só há o SUV compacto 500X. Sozinho ele foi responsável por 761 unidades nos EUA durante esse ano.

O segundo lugar como Fiat mais vendido da terra do Tio Sam é do 124 Spider com míseras 24 unidades comercializadas durante todo o ano de 2022. O problema é que ele foi descontinuado do mercado em 2020. Mas há uma situação ainda pior, o pequenino 500 saiu de linha por lá em 2019 e 8 unidades encalhadas só foram vendidas nesse ano.

Com a minivan 500L, que morreu nos EUA junto do 124 Spider há dois anos, também haviam 8 unidades remanescentes nos pátios das concessionárias da Fiat nos EUA. Diferentemente do Brasil onde há lançamentos da Fiat a cada poucos meses, no país mais rico das Américas não houve sequer um lançamento desde o 124 Spider.

Aparentemente não há planos de reviver a Fiat novamente nos EUA. A operação da marca italiana por lá está diminuindo cada vez mais e deve ser encerrada quando o ciclo de vida do 500X dessa geração chegar ao fim. A Stellantis deve apostar em suas marcas americanas e na Alfa Romeo por lá, deixando a Fiat de lado para reinar no Brasil e se recuperar na Europa.

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