Automobilismo

Red Bull não é a única: relembre 5 trocas polêmicas de pilotos

Há poucas semanas, a AlphaTauri, equipe B da Red Bull, trocou de Vries por Ricciardo, mas já houve outras trocas polêmicas de pilotos

Kvyat e Verstappen na Red Bull em 2016 [reprodução]
Kvyat e Verstappen na Red Bull em 2016 [reprodução]

A Red Bull ficou marcada por suas trocas polêmicas de piloto no meio da temporada. Nos últimos anos, diversos casos aconteceram e até Max Verstappen passou por isso, mas de uma maneira positiva. Iá Pierre Gasly acabou sendo rebaixado em seu primeiro ano no time principal.

Recentemente, a AlphaTauri, que é o segundo time da Red Bull na Fórmula 1, demitiu o holandês Nyck de Vries e trouxe Daniel Ricciardo de volta à categoria, após 10 etapas desta temporada. Entretanto, o time dos energéticos não é o único a ter feito esse tipo de troca polêmica: diversas outras equipes tiveram mudanças bruscas ao longo das temporadas.  E hoje vamos contar algumas delas.

Prost chama Ferrari de trator e fica sem assento

Alain Prost [reprodução]
Alain Prost [reprodução]

Então tricampeão do mundo, Alain Prost era um dos maiores nomes da Fórmula 1 em 1991, quando estava em seu segundo ano de contrato pela Ferrari. No ano anterior, o francês disputou o título com Ayrton Senna até o GP do Japão, quando o brasileiro bateu de propósito em Prost na largada e conquistou seu segundo título, se vingando de 1989.

A temporada de 1991 prometia uma quarta disputa consecutiva entre Prost e Senna, mas a Ferrari errou a mão no carro, e foi a Willams de Nigel Mansell quem disputou o campeonato com o brasileiro. Insatisfeito com o desempenho de seu carro, Alain soltou marimbondos e chamou o carro de trator. O resultado foi sua demissão antes do fim da temporada, com Gianni Morbidelli assumindo seu lugar.

BAR demite Villeneuve e acerta com Sato

Jacques Villeneuve [reprodução]
Jacques Villeneuve [reprodução]

Fundada em 1999 por um grupo tabagista, a BAR impressionou ao tirar Jacques Villeneuve da Williams, onde havia sido campeão do mundo em 1997, sendo este o último campeonato conquistado pelo time inglês até hoje.

Após diversas críticas ao carro, Villeneuve e BAR pareciam ter se acertado, até que em 2003 a equipe decidiu demitir o canadense, por não estar satisfeita com seu desempenho. Parceira da Honda, a equipe deu chances ao japonês Takuma Sato, que era apadrinhado pela marca, e onde ficou até o final de 2005.

Trulli briga com a Renault e vai para a Toyota

Jarno Trulli [reprodução]
Jarno Trulli [reprodução]

Jarno Trulli foi o último piloto italiano a vencer uma corrida na Fórmula 1. E não foi qualquer prova. Em um ano dominado pela Ferrari, ele triunfou no GP de Mônaco de 2004, sendo sua única vitória na categoria e a única da Renault naquele ano. O piloto ainda fez duas poles naquela temporada, mostrando que estava bem à vontade com o carro dos franceses.

Acontece que o temperamento italiano acabou falando mais alto e Trulli disparou que foi boicotado pela equipe no GP da Bélgica, prova em que fez a pole, mas acabou apenas em nono lugar. Então chefe da equipe, o também italiano Flavio Briatore não gostou nada disso e demitiu o italiano, que acabou fechando um contrato com a Toyota e estreou pelo time nas duas últimas provas de 2004.

Montoya causa na McLaren e acaba na Nascar

Juan Pablo Montoya [reprodução]
Juan Pablo Montoya [reprodução]

O colombiano Juan Pablo Montoya era conhecido pela velocidade e por não ter o temperamento mais tranquilo do mundo. Em 2005, ele trocou a Williams pela McLaren, tendo fechado o contrato ainda em 2003, e já em seu primeiro ano disse que não faria nenhum esforço para o seu companheiro Kimi Raikkonen ser campeão do mundo.

Como Alonso foi campeão em 2005, o clima já deu uma azedada, mas piorou em 2006. Fora de forma, e com a McLaren irritada com o seu desempenho e com uma estranha fratura no tornozelo no ano anterior, que o colombiano jura que aconteceu em um jogo de tênis, o time de Working perdeu a paciência e demitiu o piloto no meio da temporada de 2006. Já acertado para correr na Nascar em 2007, Montoya antecipou seu contrato e migrou para o Estados Unidos, sem nunca mais voltar à F1.

Sai Kvyat e entra Verstappen na Red Bull

Diversas trocas da Red Bull e de suas equipes satélites poderiam entrar na lista, mas a saída do russo Daniil Kvyat por Max Verstappen é a mais emblemática de todas. Em 2016, a marca de energéticos não tinha o melhor carro, e a Mercedes dominava o campeonato.

Após um pódio no GP da China, o primeiro da equipe no ano, Kvyat se envolveu em um toque com o Ferrari de Sebastian Vettel na prova seguinte, justamente na Rússia. O tetracampeão do mundo disparou contra o russo, chamando ele de torpedo, o que resultou no fim da linha do piloto na Red Bull.

Afinal, já havia uma grande pressão para Verstappen ser promovido ao time principal, e o episódio foi o bode expiatório perfeito. Max assumiu o posto, enquanto Kvyat foi rebaixado para a Toro Rosso (hoje AlphaTauri). E quis os deuses do automobilismo que Verstappen ganhasse sua primeira corrida na estreia pela Red Bull, no GP da Espanha daquele ano, já que Hamilton e Rosberg, a dupla da Mercedes, bateram ainda na primeira volta, deixando o caminho aberto para o triunfo do holandês.

E você, lembrava dessas trocas de piloto? Acha que a Red Bull ainda vai trocar algum outro piloto em breve? Deixe sua opinião nos comentários.

>> Ascensão da BYD prejudica a Volkswagen

>> Essas são as piores gerações de carros de sucesso

>> Yamaha lança edição especial da R1 que custa mais que um BMW M3