Originários dos Montes Apalaches, os índios da tribo Cherokee nunca ficaram felizes com a homenagem da Jeep em seus SUVs. Desde que o Cherokee original foi lançado nos EUA, há uma certa rusga entre a tribo e a marca, mas dessa vez as coisas foram além.
Segundo reportagem da revista Car And Driver, Chuck Hoskin Jr, principal chefe da Nação Cherokee, levou à Jeep pela primeira vez um pedido para alteração do nome do carro: “a melhor maneira de nos honrar é aprender sobre nosso governo soberano, nosso papel nesse país, linguagem e ter um diálogo com tribos federadas contra a apropriação cultural”.
Há mais de 45 anos a Jeep usa o nome Cherokee em seus SUVs. Nos EUA houve um hiato entre 2001 e 2012 quando a segunda e terceira geração do modelo foi rebatizada como Liberty. Contudo, internacionalmente (o que incluiu o Brasil), o modelo seguiu com seu nome original.
Jeep sem Cherokee?
Isso se deu porque a Jeep havia perdido os direitos sobre o uso do nome. Eles foram recuperados em 2013, comprados da tribo Cherokee. Na mesma época a tribo estava promovendo um movimento contra representações indígenas em times escolares, o que quase azedou os planos da Jeep.
Já o nome Grand Cherokee, no entanto, é usado initerruptamente desde a introdução do modelo em 1993. Atualmente ele está em sua quinta geração introduzido somente como Grand Cherokee L – versão de entre-eixos alongado e sete lugares.
O representante da tribo ainda argumenta que “eu tenho certeza que tudo isso teve uma boa intenção, mas não nos sentimos honrados tendo o nosso nome estampado na lateral de um carro”. Ainda que o nome Cherokee, dentro da Jeep, seja tão icônico e forte (ou talvez até mais) quanto o Wrangler.
A Jeep se defende afirmando que “o nome de nossos veículos vem sido cuidadosamente escolhidos e ao longo dos anos vêem honrando e celebrando os Nativos Americanos por sua nobreza, destreza e orgulho. Nos estamos, mais do que nunca, comprometidos para um respeitoso e aberto diálogo com o Chefe Nacional Principal, Chuck Hoskin Jr”.
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