Códigos de projeto servem para que as marcas possam trabalhar em seus carros novos sem um comprometimento com algum nome. Até porque, o batismo de um modelo pode ser a penúltima coisa a ser definida nele (a última é sempre o preço). Com informações exclusivas, o Auto+ apurou que o sucessor do Argo está cada vez mais próximo de ser o novo Fiat Uno.
Explico: o projeto inicial do compacto da Fiat se chama F1H internamente. Mas, essa denominação foi usada tanto para o Grande Panda, quanto para o sucessor do Argo no Brasil. A diferença está no desmembramento de projeto para cada modelo. Como Grande Panda, ele é o 142. Já o modelo brasileiro tem código 328.
Mas o que isso tem haver com o novo Fiat Uno? Simples, o código de projeto da última geração do Uno no Brasil era 327, sendo que o novo modelo compacto que está em desenvolvimento para o nosso país é o 328. Com isso, fica ainda mais evidente de que as chances de que esse novo hatch se chame novo Fiat Uno crescem.
Visual de Fiat Uno
Outro ponto que fomenta ainda mais isso, é que a versão brasileira do projeto F1H, o Fiat 328, seguirá o visual do Grande Panda (142) quase que à risca. Segundo fontes ligadas à marca, o nosso hatch terá a mesma carroceria quadrada, com para-lamas pretos e elementos compartilhados com o Citroën C3.
A diferença, no entanto, ficará com a eliminação de alguns exageros. O nome Panda, que vem estampado direto no metal nas laterais, não estará presente no modelo brasileiro para economizar custos de reparo. Contudo, externamente, as linhas gerais serão mantidas, isso inclui a dianteira toda pixelizada.
Como o desenho do Grande Panda é inspirado no Panda original, o qual seguia a identidade visual do Uno botinha ortopédica, fica claro que a Fiat terá uma inegável ligação entre o novo modelo e o seu maior clássico brasileiro. Não chamá-lo de novo Fiat Uno com tantas referências é um desperdício, porque não dá para negar as aparências, muito menos disfarçar as evidências.
Interior mais adulto no Fiat F1H / 328
Enquanto externamente os Fiat novo Uno e Grande Panda serão bem parecidos, por dentro a história é outra. Fontes ligadas à marca disseram que a cabine do modelo europeu foi julgada como infantil em clínicas feitas para o mercado brasileiro. Isso se deve ao uso de cores chamativas, texturas diferentes e até easter eggs.
Assim como aconteceu com a segunda geração do Uno e a terceira do Panda (que eram derivados diretos), a Stellantis vai reduzir os custos na cabine do modelo nacional. É certo que teremos interior com plásticos pretos com texturas diferentes e, nas versões mais caras, elementos cinza para contrastar.
Espere por um intenso compartilhamento de peças com o Citroën C3 por aqui. Contudo, o acabamento do novo Uno (F1H / 328) deverá ser substancialmente melhor do que seu primo francês, visto que essa é a maior crítica à toda família C3 (incluso Basalt e Aircross). Painel digital e central multimídia devem ser as mesmas nos dois.
Igual aos Citroën e Peugeot
A parte mecânica do Fiat F1H / 328 / novo Uno será igual à que é usada no lado francês da Stellantis. As versões de entrada contarão com motor 1.0 Firefly três cilindros aspirado de 75 cv e 10,7 kgfm de torque. Essa opção de motor é sempre pareada a transmissão manual de cinco marchas.
Depois, teremos motor 1.0 T200 três cilindros turbo de 130 cv e 20,4 kgfm de torque. Contudo, no novo Uno já estreará o sistema semi-híbrido que está presente em Pulse e Fastback. Aqui, sempre com transmissão automática do tipo CVT. Há chance, mas ainda remota, de que o motor 1.3 Firefly aspirado apareça em versão manual ou CVT.
Outro ponto importante é que a Fiat deve produzir o novo Uno no Brasil em versão elétrica. A Stellantis já tem planejado esse tipo de propulsão para Betim, MG, além de ter a plataforma CMP preparada para isso. A nova geração da Strada (XBP) será fabricada no Brasil em variante elétrica. E, como ela deriva do novo Uno, as possibilidades aumentam.
Você acha que a Fiat vai voltar a ter o carro mais vendido do Brasil por conta do novo Uno? Conte nos comentários.