Novo March — Nissan Concept 20-23 [divulgação]

O Nissan March pode ter saído de linha há alguns anos no Brasil, mas ele ainda é vendido na Europa, com uma geração mais moderna do que o modelo vendido por aqui. No entanto, essa geração estreou em 2017, o que indica que em breve ela deve ser substituída. E, de fato, isso vai acontecer.

Na realidade, a Nissan tem preparado uma grande renovação de seus modelos. O Kicks vai receber uma nova geração em breve, que deve chegar ao Brasil em 2025. Os SUVs Juke e Qashqai devem ganhar equivalentes elétricos nos próximos anos. O Leaf vai ter uma nova geração, afinal a atual já tem um bom tempo de estrada.

E com esse cenário, uma nova geração do March, ou até mesmo um substituto do modelo, está nos planos para os próximos anos. Por conta da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, faz sentido a marca japonesa pegar uma plataforma atual da Renault para criar seu hatch compacto elétrico.

O escolhido é o novo Renault 5. Entretanto, embora o modelo seja totalmente elétrico, a sua plataforma pode receber motores a combustão. Sendo assim, a Nissan pode apostar em versões a combustão ou híbridas para seu futuro modelo. Isso ajudaria a reduzir os custos do carro, além de ajudar a marca neste momento de indecisão do mercado sobre a aceitação dos elétricos.

Ainda não há uma data certa para o lançamento do novo Nissan March (ou de seu substituto). Porém, como a geração atual do modelo já tem sete anos, é de se imaginar que o sucessor do modelo já esteja no forno.

Nissan e o dilema dos elétricos

Paralelamente a isso tudo, a Nissan vê com certa apreensão a queda no interesse do público pelos carros elétricos. Os executivos da marca dizem que seguiram comprometidos com o progresso da eletrificação, mas afirmam que a Nissan vai buscar uma solução flexível de tecnologias para seguir seu processo.

Vale lembrar que algumas fabricantes já estão revendo seus planos de eletrificação total para 2030. A Ford é um dos exemplos recentes, mas até mesmo o grupo Stellantis afirmou que suas marcas vão seguir focadas no processo de eletrificação, mas que os motores a combustão não serão eliminados nos próximos anos.