Com a renovação total da L200 Triton no Brasil batendo à porta, a Mitsubishi também reserva algumas novidades importantes para o país nos próximos meses. Em conversa com o Auto+, Mauro Correia, CEO da HPE (que controla a Mitsubishi e a Suzuki por aqui), revelou os planos da marca envolvendo XForce e Outlander.
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Sem força
Desde que o ASX nos deixou, a Mitsubishi ficou sem um SUV compacto em seu portfólio no Brasil. Com isso, passou a ter como modelos de entrada o SUV médio Eclipse Cross e a caminhonete média L200 Triton. Rumores apontavam que o andar de baixo seria preenchido pelo XForce, SUV compacto que substituiu o ASX em vários mercados.
O desenvolvimento foi feito para o sudeste asiático, e ele é produzido na Indonésia desde outubro de 2023. Ele usa a mesma plataforma da minivan Xpander, também desenvolvida para os países asiáticos de baixo custo. Por isso não se tornou um SUV global.
Segundo Mauro Correia, essa é a justificativa para o XForce não vir ao Brasil. “Ele só vem em uma próxima geração se for vendido nos EUA. As leis e regulamentações do sudeste asiático não são as mesmas do Brasil. Aqui ele não passaria”, comenta o presidente da Mitsubishi do Brasil.
Outro problema forte, segundo o executivo, é o motor. “Dinamicamente ele é muito bom. Suspensão boa, super estável nas curvas. É um Mitsubishi de verdade. Mas lá ele usa motor 1.5 aspirado. Aí não dá. Se viesse para cá, teria que ser, no mínimo, o 1.5 turbo do Eclipse Cross”, pondera Mauro.
De fato, para um SUV compacto de 4,39 m de comprimento, 1,81 m de largura e 1,66 m de altura, o 1.5 quatro cilindros aspirado é bem fraco. Mas o Honda HR-V também não tem um motor assim? Sim! Mas, o rival japonês entrega 126 cv e 15,8 kgfm, enquanto o XForce tem apenas 105 cv e 14,3 kgfm de torque – quase igual ao motor 1.3 aspirado da Fiat.
Andar acima
Quanto ao Outlander de nova geração, Mauro antecipou que as esperanças serão cumpridas. O SUV de porte médio-grande vem ao Brasil e deve ser o próximo lançamento no país depois da nova geração da Mitsubishi L200 Triton. Porém, ele fica posicionado entre Eclipse Cross e Pajero, tanto em preço, quanto porte.
Lá fora, o Outlander tem versões com motor 1.5 quatro cilindros turbo semi-híbrido, 2.5 quatro cilindros aspirado ou 2.4 quatro cilindros aspirado com sistema híbrido PHEV. E é com esse conjunto híbrido plug-in que o novo Outlander deve desembarcar no Brasil, mirando GWM Haval H6 e BYD Song Plus com autonomia elétrica de 87 km.
O conjunto dianteiro combina 2.4 quatro cilindros aspirado de 135 cv e 19,9 kgfm de torque a um elétrico de 118 cv e 26 kgfm. A traseira ainda traz um motor elétrico de 138 cv e 19,9 kgfm. Com isso, temos uma força total de 255 cv e 45,9 kgfm capaz de levar o SUV aos 100 km/h em 10,5 segundos.
A HPE espera somente a Mitsubishi liberar o Outlander para trazê-lo ao Brasil. Vale lembrar que o lançamento ocorreu em 2021 e, desde então, ele não veio. Só que é o carro mais atual do lineup global da Mit, sendo o primeiro a usar plataforma do grupo Renault / Nissan. Especificamente a CMF-CD.
Você ficou triste que o XForce não vem? Mas a vinda do Outlander compensa? Conte nos comentários.
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