frente do Jeep Renegade Sahara branco — Jeep Renegade Sahara [Auto+ / Rafael Déa]

A fábrica de Goiana, Pernambuco, terá movimentações fortes em 2026. Por lá, são feitos os Jeep Renegade, Compass e Commander, além de Fiat Toro e Ram Rampage. Com fortes planos de expansão, a Stellantis fará a terceira geração do Compass por lá com a mesma plataforma, um inédito Peugeot 3008 nacional e reestilizará Renegade, Commander e Toro.

O foco hoje será no Jeep Renegade 2026. Segundo informações apuradas pelo Autos Segredos, as primeiras unidades com visual renovado do SUV compacto começam a rodar logo. Vale lembrar que a última mudança visual do Jeep aconteceu em 2022 e apenas no Brasil. Isso mostra o protagonismo do modelo por aqui.

Renegade 2026 muda pouco, mas é preciso

As alterações devem ser ainda mais discretas, com alterações leves de para-choques, além de novos revestimentos no interior e atualização de alguns equipamentos. Será uma mudança de visual sutil para reposicionar o Jeep Renegade 2026. Afinal, em breve a marca terá o Avenger como novo modelo de entrada.

Jeep Avenger amarelo de frente [divulgação] — Jeep Avenger [divulgação]

A chegada do SUV subcompacto Avenger fará com que o Renegade perca a bem-sucedida versão Sem Nome. A variante de entrada, a qual foi renegado um nome a ela, é a mais vendida e tem custo-benefício matador ao ser oferecida por menos de R$ 120 mil. O Avenger colocará fim ao Renegade Sem Nome, por isso ele precisará mudar.

Motorização semi-híbrida

A ideia é sofisticar um pouco mais a gama de versões do modelo, fazendo ele partir da Altitude, que é mais equipada. Além disso, a reestilização a ser feita no Jeep Renegade 2026 trará consigo a motorização semi-híbrida ainda inédita. A Stellantis vai combinar o atual motor 1.3 T270 quatro cilindros turbo a um sistema elétrico mais complexo.

Jeep Renegade sem nome [Auto+ / João Brigato] — Jeep Renegade Sem Nome [Auto+ / João Brigato]

Diferentemente do 1.0 T200 semi-híbrido que usa um sistema de 12 Volts mais simples, o 1.3 turbo do Renegade 2026 adotará uma arquitetura de 48V. Isso o tornará híbrido de verdade? Não, mas resultará em maior eficiência no conjunto. Isso porque com a voltagem maior, o motor elétrico é mais potente, tem mais torque e permite desligamento do motor em movimento.

Esse último recurso, chamado de coasting, faz com que o motor do carro seja desligado com ele em velocidade constante e pouca carga no acelerador. Em estrada, por exemplo, é possível andar cerca de 1 km ou mais (a depender do carro) na “banguela” usando somente a carga do sistema elétrico.

Para que isso seja possível, contudo, o Jeep Renegade 2026 trocará o câmbio. Sai de cena o velho conhecido automático tradicional de seis marchas, entra em ação a caixa automatizada de dupla embreagem com sete marchas. Ela tem embreagem seca, mas engrenagens banhadas a óleo. Ou seja, o brasileiro vai reclamar (mesmo sem fundamento).

Com isso, a Jeep espera uma melhora significativa no consumo do Renegade 2026 – que é um dos piores da categoria hoje sem ajuda eletrificada. É possível que o novo motor semi-híbrido seja usado somente nas versões 4×2 e não em todas as variantes do SUV compacto.

Você acha que as mudanças a serem aplicadas no Jeep Renegade 2026 darão um novo fôlego ao SUV compacto? Conte nos comentários.