A Stellantis está fazendo um forte movimento de troca de motores no Brasil para o próximo ano. Além de tornar flex o motor 2.0 Hurricane e trazer o sistema semi-híbrido para os modelos da Peugeot e da Citroën, o grupo substituirá o 2.0 turbo diesel pelo novo 2.2 turbo diesel em Jeep Commander, Fiat Toro e talvez na Fiat Titano.
Acontece que a programação atual da Fiat para 2025 é que (quase) todos os carros que contam, hoje, com o 2.0 MultiJet II quatro cilindros turbo diesel deixem de oferecer esse motor. Ele será substituído pelo novo 2.2 MultiJet II quatro cilindros turbo diesel. Esse novo conjunto equipará o Jeep Commander e a Fiat Toro, mas não o Jeep Compass.
Acontece que a Jeep racionalizará a gama Compass na linha 2026 retirando a única versão diesel que tem à venda hoje. Como a representação do Limited diesel é limitada, a Stellantis percebeu que os clientes do SUV não sentem mais falta do motor diesel, desde que o 1.3 turbo entrou em ação.
É o fim do Compass 4×4 diesel?
Com isso, a Stellantis vai tirar o Jeep Compass 4×4 diesel de linha. Entretanto, haverá ainda uma versão 4×4 do modelo, mas com ajuda eletrificada. A versão Trailhawk vai voltar, mas agora com o conjunto 4xe, substituindo a versão S que hoje conta com esse conjunto. Será a maneira de manter o SUV médio com opção de tração nas quatro rodas e apelo off-road.
Já para a Fiat Toro também haverá uma ligeira mudança. Hoje a Toro diesel é oferecida nas versões Volcano, Ranch e Ultra. Para a linha 2026, a caminhonete intermediária trará o 2.2 turbo diesel somente para Volcano e Ranch. Com isso, a Ultra migra para o motor 1.3 turbo flex e se torna a topo de linha da gama 4×2.
Já o Jeep Commander diesel será comercializado, tal qual hoje, nas versões Limited e Overland. Como a representação das versões diesel do SUV de sete lugares ainda é grande, a Stellantis seguirá ofertando duas opções distintas de acabamento.
Mas e a Fiat Titano?
Vale ressaltar que o novo 2.2 turbo diesel, que já está presente na Ram Rampage, não é o mesmo da Fiat Titano, apesar da mesma litragem. O MultiJet II conta com 200 cv e 45,9 kgfm de torque na versão de 2.2 litro e é, originalmente, um propulsor lançado em 2015 na Europa.
Já o motor da Fiat Titano é de origem PSA. Ele foi lançado em 1998, sendo o 2.2 de 2000. Existem diversas diferenças técnicas entre eles, tanto que o motor da Fiat Titano rende só 180 cv e 40,8 kgfm – uma desvantagem de 20 cv e 5,1 kgfm de torque. Esse motor deverá chegar à Fiat Titano em um segundo momento.
Isso porque o projeto para que a Fiat Titano receba o novo motor leva em consideração algumas mudanças que a Stellantis planeja. Para receber o novo 2.2 turbo diesel, a marca quer também trazer o painel de instrumentos totalmente digital para a caminhonete. Contudo, o fornecedor chinês atrasou o projeto.
É praticamente certo que a Fiat Titano receberá, além do motor mais potente que estará nos Jeep Commander e Fiat Toro, uma revisão geral em suspensão e direção. Afinal, esses itens são fortemente criticados na caminhonete média italiana, com alma francesa e concepção chinesa.
Você acha que o novo motor 2.2 turbo diesel vai aumentar as vendas dos modelos da Stellantis? Conte nos comentários.