A Stellantis, assim como outras fabricantes ocidentais, encerrou a produção de veículos na Rússia, em 2022, após enfrentar dificuldades logísticas e sanções implementadas devido à invasão da Ucrânia. Contudo, o governo russo pode retomar a produção de veículos com kits importados da China.
Segundo informações da Reuters, em dezembro do ano passado, a empresa russa Automotive Tecnologies importou ao menos 42 kits da empresa China Dongfeng Motor Group (parceira da Stellantis) para a fabricação do Citroën C5 Aircross em Kalunga, no oeste da Rússia. Não está claro se a Stellantis tem conhecimento dessa operação. Vale lembrar que o grupo é formado por mais de dez marcas, entre elas, Abarth, Citroën, Fiat, Peugeot e Ram, para citar.
Antes da invasão russa à Ucrânia, a planta de Kaluga era responsável pela produção dos modelos Peugeot, Citroën, Opel e Mitsubishi – a Stellantis possui 70% da fábrica e os outros 30% são pertencentes à Mitsubishi. O local possui uma capacidade de produção anual de 125.000 veículos.
Embora seja de propriedade majoritária da Stellantis, o grupo reconheceu a perda do controle da planta russa, além do prejuízo de 144 milhões de euros (aproximadamente R$ 770.400.000, em conversão direta).
Dizia-se que o primeiro lote de kits fazia parte de um projeto piloto, e a fábrica de Kaluga iniciaria a produção em massa em 2024. Segundo os concessionárias consultados pela agência Reuters, essas unidades do modelo Citroën C5 Aircross feitas na planta de Kaluga com os kits chineses devem chegar às lojas em breve. Só não está claro se eles continuarão trazendo a marca Citroën.
Como resultado da perda de controle das empresas ocidentais, as fabricantes chinesas estão se sobressaindo na Rússia, alcançando mais de 56% do mercado.
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