Desde que a Dakota saiu de linha nos EUA em 2011, o até então grupo Chrysler ficou sem picape média em seu portfólio. Agora que esse segmento voltou a bombar nos EUA, a FCA estava pronta pra reviver a RAM Dakota internacionalmente. Mas os planos para a rival de Chevrolet S10 e Toyota Hilux foram cancelados na nova fase Stellantis.
Diferentemente do Brasil onde as picapes médias tem maior representatividade de rivais e tamanhos que outros segmentos de caminhonetes, lá nos EUA elas têm volume proporcionalmente mais baixo. Ainda assim, a FCA havia investido na categoria com a Jeep Gladiator e preparava a RAM Dakota como um complemento à linha.
Afinal, a Gladiator é uma picape mais voltada ao lazer e off-road, além de substancialmente mais cara que as rivais. Com a Dakota, a RAM teria uma caminhonete para concorrer em pé de igualdade com Toyota Tacoma (equivalente à Hilux), Ford Ranger, Chevrolet Colorado (prima da S10), Nissan Frontier e GMC Canyon.
Mas nem mesmo a própria Jeep esperava o sucesso da Gladiator. Hoje ela é a quarta picape mais vendida da categoria, superando de longe a Nissan Frontier e a GMC Canyon. Entre 2019 e 2020 ela e a Ford Ranger foram as únicas a ter aumento de vendas – ainda que estivéssemos em um ano pandêmico.
Dado o sucesso da Gladiator, a Stellantis viu na RAM Dakota uma potencial ameaça para a picape do Wrangler. Segundo informações internas obtidas pelo GM Authority, o projeto foi congelado e pode nem mesmo ver a luz do dia.
Se nos EUA essa jogada faz sentido, aqui para o Brasil é uma grande pena. Rumores apontavam para a produção nacional da Dakota em Goiana, Pernambuco. Ela seria o grande ponto de virada da RAM para ganhar mercado e crescer ao mesmo nível da Jeep por aqui.
Picapes como 1500 e 2500 não têm tanto volume quanto uma média que rivalizaria com Chevrolet S10, Ford Ranger, Toyota Hilux, Volkswagen Amarok, Nissan Frontier e Mitsubishi L200 Triton.
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