Demorou, mas a Toyota finalmente entrou no mercado de carros 100% elétricos. Desenvolvido em conjunto com a Subaru, o novo bZ4X chega para ser a porta de entrada da marca nesse segmento que mais cresce. Não à toa, ele é um SUV elétrico com porte pouco maior que o de um RAV4. Pena que não há previsão, por enquanto, de vendas no Brasil.
O modelo é construído sobre a plataforma e-TNGA e mede 4,69 m no comprimento, 1,86 m na largura, 1,65 m na altura e tem entre-eixos de 2,85 m. Por conta das baterias e do sistema elétrico, ele é bem pesado: são 2.005 kg na versão com tração nas quatro rodas e 1920 kg no modelo com tração dianteira.
As duas opções de tração do SUV da Toyota também modificam sua potência. O modelo com tração dianteira tem apenas um motor elétrico de 204 cv. Ele é capaz de chegar aos 100 km/h em 8,4 segundos e roda até 500 km com carga completa. Já o bZ4X AWD tem dois motores elétricos com 218 cv no total.
A variante mais potente entrega 460 km de autonomia, mas consegue chegar aos 100 km/h em 7,7 segundos. Esse é o primeiro modelo da Toyota a contar com sistema de tração nas quatro rodas com tecnologia X-Mode e Grip-Control da Subaru. Há ainda opcional de teto com células voltaicas que garantem até 1.800 km extras de autonomia durante um ano de uso.
Sem volante?
Mas a grande novidade tecnológica está no sistema de direção do SUV. A nova tecnologia por cabos permite que a direção não seja fisicamente conectada às rodas. Assim, segundo a Toyota, há menos vibrações, mas uma melhora na resposta do volante. Essa tecnologia só estará disponível com o opcional de volante estilo manche.
Visualmente o modelo segue exatamente o visual apresentado no conceito. A dianteira tem faróis com formato idêntico ao do Honda HR-V, ainda que a parte superior seja coberta. Toda porção frontal fechada deixa claro que se trata de um elétrico. Mas o interessante é que os para-lamas dianteiros são integrados aos faróis por meio do plástico preto.
Na traseira, lanternas conectadas e um visual bastante ousado deixam o SUV com jeitão futurista. Há ainda aerofólio traseiro dividido. Por fim, o interior tem painel de instrumentos visto por cima do volante, no melhor estilo Peugeot – não ser na versão com volante manche. Console central alto acompanha a gigante central multimídia.
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