A Toyota é uma das marcas mais vendidas no mundo, mas a fabricante ainda aposta pouco nos elétricos. E isso tem uma explicação. Ex-CEO e atual presidente da empresa, Akio Toyoda, disse que não acredita em um futuro totalmente elétrico. Segundo o executivo, os modelos movidos a eletricidade devem representar apenas 30% da frota total de veículos.
De acordo com Toyoda, enquanto os veículos elétricos devem ficar somente com essa porcentagem, os veículos híbridos, a células de combustível de hidrogênio e motores de combustão tradicionais atenderão aos 70% restantes. Para ele, os motores a combustão ainda terão seu lugar no mercado.
No entanto, não há informações claras sobre como Toyoda chegou a essa estimativa ou se ele tem uma data específica em mente para que esse limite seja atingido. O atual CEO da Toyota, Koji Sato, já afirmou anteriormente que a montadora espera vender 1,5 milhão de veículos elétricos por ano até 2026 e 3,5 milhões até 2030.
Carros elétricos no mundo
Embora a participação de mercado dos veículos elétricos esteja aumentando gradualmente, ainda há muito espaço para crescimento. No ano passado, eles representaram cerca de 18% das vendas globais de veículos novos. No entanto, estima-se que esse número aumentará significativamente nos próximos anos.
Segundo a BloombergNEF, os veículos elétricos poderão ser responsáveis por 44% das vendas de veículos novos até 2030 e 75% até 2040. É importante ressaltar que esses números podem variar de país para país, dependendo da infraestrutura disponível.
Aposta da Toyota
A Toyota sempre adotou uma abordagem conservadora em relação aos veículos elétricos. A montadora tem sido uma defensora do uso de células de combustível de hidrogênio e vê os veículos elétricos como uma solução intermediária entre os híbridos e os carros movidos a hidrogênio. Segundo Toyoda, os veículos elétricos nunca serão capazes de atender completamente às necessidades do mundo.
Um dos principais desafios para a adoção em massa dos veículos elétricos é a infraestrutura.
Com mais de 750 milhões de pessoas no mundo sem acesso à eletricidade, ainda há um mercado significativo para os motores a combustão. Além disso, mesmo nos locais onde a eletricidade está disponível, é preciso melhorar a rede para suportar o aumento no número de veículos elétricos. É nesse ponto que Toyoda vê espaço para híbridos, veículos elétricos com células de combustível e carros movidos a combustão.
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