Quando o Volkswagen Polo de sexta geração foi lançado no Brasil em 2017, ele assumiu a missão de ser um mini Golf. Ou seja, o hatch compacto mais sofisticado da marca, atuando acima de Gol e Fox, mas abaixo do hatch médio anteriormente mencionado. Contudo, o Polo 2023 agora está sozinho como único hatch da Volkswagen.
Isso levou a marca a tomar algumas decisões, como simplificar o projeto em alguns elementos para tomar o lugar do Gol e do Fox. Para tanto, foi criada a versão Track – inexistente no mundo – como a mais simples de todas. Mesmo assim, as versões mais sofisticadas passaram também por reduções de custos no projeto e até ficaram mais baratas.
Um dos pontos que mais levantou polêmica para o novo Volkswagen Polo foi a troca do freio a disco traseiro por um sistema a tambor. Ele era o único hatch compacto fabricado no Brasil com freio a disco traseiro, mas se juntou ao restante do grupo a partir da linha 2023. Só que isso prejudicou o Polo? Por que a Volkswagen fez isso?
Números não mentem
Consultada pelo Auto+, a Volkswagen declarou que “o dimensionamento do sistema de freio está ligado à potência do motor, ao peso do veículo e à distribuição de carga do veículo”. E nesse ponto, é importante lembrar que o freio a disco traseiro estava superdimensionado para o Polo 1.0 TSI, já que o esportivo GTS usava o mesmo sistema.
Ainda que o novo Polo e o antigo tenham apenas 1 kg de diferença no peso total, o 2023 freia de 100 km/h à parada total em 38,3 m, enquanto o antigo realizava a mesma prova em 36,4 m. Ou seja, houve piora de praticamente 2 metros com o sistema a tambor. Só que a Volkswagen ressalta que a média da categoria para cumprir essa prova é de 40 m.
“O sistema deve sempre trabalhar na faixa ideal de atrito de freio, que é diretamente influenciada pela temperatura de trabalho do mesmo, especialmente em frenagem com carregamento máximo, e também em frenagens sequenciais. Sendo assim, cada veículo é dimensionado para trabalhar nesta faixa ideal”, declara a marca alemã. “No caso do novo Polo com as motorizações 1.0 MPI e 1.0 170 TSI, o sistema de freio desenvolvido atende os requisitos de desempenho acima descritos”.
Benefícios?
E existe algum tipo de vantagem nessa troca para além da economia de custos da Volkswagen para produzir o Polo 2023? Sim. O sistema a tambor exige bem menos manutenção e trocas do que os freios a disco na traseira, além de que, quando é necessária a troca, é mais barato que o layout anteriormente usado no Polo.
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