O fim dos combustíveis fósseis está mais próximo. A COP28, conferência da ONU sobre as mudanças climáticas, foi encerrada nesta semana com um acordo histórico, aprovado por consenso em plenário, com o objetivo de acelerar a transição global para energias renováveis e atingir zero emissões líquidas até 2050. A comunidade internacional reconhece a urgência de agir nesta década crítica para limitar o aquecimento global a 1,5°C, em linha com as recomendações científicas.
O acordo apela aos países para que iniciem uma transição ordenada e equitativa, afastando-se gradualmente dos combustíveis fósseis. Essa eliminação progressiva é considerada inevitável pelos líderes presentes na COP28, como afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres. “Esperamos que não chegue tarde demais”, disse.
A União Europeia também se posicionou favoravelmente ao acordo, destacando que pela primeira vez em 30 anos podemos estar próximos do fim dos combustíveis fósseis. O comissário europeu para o Clima, Wopke Hoekstra, enfatizou que esse é um passo significativo rumo ao objetivo de limitar o aquecimento global.
A COP28 também lançou luz sobre os verdadeiros culpados da crise climática: os combustíveis fósseis. Harjeet Singh, chefe de estratégia política global da Rede Internacional de Ação Climática, destacou que finalmente foi definido um caminho para nos afastarmos do carvão, do petróleo e do gás. No entanto, o otimismo é moderado, pois ainda existem arestas a serem aparadas.
Desafios
Embora o acordo inclua esforços para aumentar a capacidade das energias renováveis e melhorar a eficiência energética até 2030, ambientalistas expressaram preocupação com o papel atribuído aos combustíveis de transição, que podem ser interpretados como gás fóssil. O reconhecimento do papel dessas energias de transição visa garantir a segurança energética em países em desenvolvimento, onde milhões de pessoas ainda não têm acesso à eletricidade.
No entanto, Singh ressaltou a hipocrisia das nações ricas, que continuam a expandir suas operações de combustíveis fósseis enquanto defendem a transição verde apenas de forma superficial. Ele também enfatizou que os países em desenvolvimento dependentes dos combustíveis fósseis não têm garantias sólidas de apoio financeiro adequado para sua transição urgente e equitativa para as energias renováveis.
Apesar dos avanços alcançados, organizações como a Aliança dos Pequenos Estados Insulares (Aosis) consideram que o texto final do acordo ainda não proporciona o equilíbrio necessário para reforçar a ação global no combate às mudanças climáticas. Harjeet Singh acrescentou que há um imenso déficit financeiro no enfrentamento dos impactos climáticos e que as nações ricas precisam cumprir suas responsabilidades financeiras.
A atenção agora se volta para a próxima etapa, que é a apresentação dos planos nacionais para o clima alinhados com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C. O acordo da COP28 estabelece essa diretriz e espera-se que os países cumpram suas metas individuais para garantir um futuro sustentável para o planeta.
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