Nascidos de um mesmo embrião, Chevrolet Tracker e Opel Mokka não eram os grandes destaques de seus segmentos onde eram vendidos em suas gerações anteriores. Mas quando ambos chegaram à segunda geração (terceira no caso do Tracker se contar que o nome já foi usado em um Suzuki Vitara rebatizado), cada um seguiu para o seu rumo e a evolução foi tremenda.
Enquanto o Chevrolet Tracker desistiu de tentar agradar aos norte-americanos e seguiu por uma escola meio brasileira meio chinesa, o Opel Mokka gostou do sotaque francês que seus irmãos Grandland e Crossland usavam e decidiu partir pelo mesmo caminho.
Alma francesa
O Tracker assumiu definitivamente o posto de SUV do Onix e nós bem o conhecemos aqui no Brasil, tanto que ele já até participou de um comparativo aqui no Auto+. Já o Mokka adotou plataforma de Peugeot 208 e motorização 100% elétrica.
Contudo, como o segmento ainda não está totalmente adepto à eletricidade, o SUV compacto da Opel agora, meses depois de seu lançamento, finalmente recebe versões movidas a combustão. Assim como a plataforma vem do Peugeot 208, a motorização também é comum aos modelos da marca francesa.
Debaixo do capô do novo Mokka está o já conhecido motor 1.2 PureTech três cilindros turbo com opção de 100 cv e 21 kgfm de torque ou 130 cv e 23,5 kgfm. Há ainda opção diesel BlueHDi 1.5 de 110 cv e 25,5 kgfm.
Todos os motores contam com transmissão manual de seis marchas, mas o PureTech 130 cv pode ser equipado com câmbio automático de oito marchas. Coincidindo com o Tracker, o Mokka não oferece opção de tração nas quatro rodas, sendo assim, todas as versões são oferecidas somente com tração dianteira.
Nova identidade
Enquanto a geração anterior do Mokka tinha estilo genérico para poder ser vendido também como Buick, o novo é o primeiro a ostentar a nova identidade visual da alemã Opel. Ela é composta por uma grade frontal fechada em preto brilhante, acompanhada por faróis retangulares com desenho do LED que faz alusão ao logo da marca.
O para-choque tem entradas de ar bem marcadas e visual esportivo, mas é estranhamente idêntico ao do Toyota C-HR, seu rival na Europa. Na traseira, lanternas finas marcam o design do novo Mokka, que agora tem placa posicionada no para-choque.
A Opel ainda oferece versão esportiva GS Line (ou SRi se ele for a variante Vauhxall vendida no Reino Unido) que agrega logotipos pretos, teto pintado em preto, rodas diamantadas e faixa vermelha no lugar do friso cromado. Em todas as versões a pintura em preto no teto e no capô em preto pode ser optada.
A cabine é bastante moderna e apresenta materiais macios ao toque e de maior qualidade que os usados pelo novo Tracker brasileiro. As telas do painel de instrumentos e da central multimídia se fundem em uma única peça, que têm inclinações diferentes para não ser confundida com os Mercedes-Benz.
Enquanto o Chevrolet Tracker está vendendo de vento em poupa no Brasil, o Opel Mokka ainda está longe do nosso mercado. A PSA promete que a Opel vai chegar ao nosso país, mas para isso acontecer, é preciso que Citroën e Peugeot atinjam 5% de mercado. Ou seja, ao menos por enquanto, não há chance dos ex-irmãos travarem uma briga em solo nacional.
>>Comparativo: Nivus Highline e Tracker LT são tão iguais e tão diferentes
>>Avaliação: Chevrolet Tracker LT é um belo sorvete de creme Haagen-Dazs