Depois de apenas uma geração, o Volkswagen Tiguan Allspace vai nos deixar. Ainda que o modelo siga à venda no Brasil, seus dias estão contados. Afinal, a marca alemã acaba de revelar seu substituto, o novo Tayron. O nome, para quem não lembra, é usado por uma versão alternativa do Tiguan na China. Mas agora ele se tornou global.
Recapitulando um pouco as coisas. O Volkswagen Tayron foi lançado em 2018 na China pela FAW-Volkswagen. Como a marca alemã tem duas sócias na China e cada uma recebe um modelo equivalente à outra, o Tayron era a versão FAW do Tiguan, que é feito pela SAIC. Ele contava com versão cupê e regular de cinco lugares. Mas nunca um Allspace como o Tiguan.
Na nova geração, a Volkswagen trocou o foco do Tayron. Ele deixa de ser um Tiguan alternativo chinês e se torna um carro global. Além da China, o SUV será feito na Alemanha, na planta de Wolfsburg, e no México, em Puebla, de onde será exportado para o Brasil no lugar do Tiguan Allspace.
Inclusive, há chance de que o nome Tayron seja trocado por Tiguan nas Américas. Já na Europa, o modelo atuará acima do SUV de cinco lugares, que recentemente ganhou uma nova geração. Apesar disso, a relação entre os dois modelos é como dos Jeep Compass e Commander: essencialmente o mesmo carro, mas com várias diferenças.
Commander da Volks
Na dianteira, o Volkswagen Tayron tem linhas mais retas e parrudas que as do Tiguan. Os faróis, por exemplo, não trazem o relevo inferior como no modelo menor. Além disso, a grade é mais reta e a abertura de ar inferior tem desenho mais retangular. Nas laterais, as caixas de roda são mais quadradas e a linha de cintura é mais marcada.
Um elemento que o Tayron copiou do Compass é a linha dos vidros, mas alongada. Até mesmo o recurso de conectar o friso lateral com o vidro traseiro, elemento marcante do Jeep, também está presente no Volks. Atrás, ele conta com lanternas conectadas com elementos internos de LED em X, como do T-Cross (e lembrando o Renegade).
Tal qual Commander e Compass, o interior do Tayron e do Tiguan é idêntico no formato, alterando apenas materiais. O SUV maior traz variantes com couro claro e acabamento imitando madeira. O painel de instrumentos é sempre de 10,25 polegadas, enquanto a central multimídia tem opção de 12,9 polegadas ou 15 polegadas.
Apesar da proposta de ser um SUV de sete lugares, a terceira fileira de bancos é opcional em algumas versões. Com todos os lugares armados, ele leva 345 litros. Já só com duas fileiras de bancos, temos 885 litros à disposição. Comparando com o Commander, o Tayron leva 112 litros a mais com sete lugares e 224 litros a mais com a terceira fileira baixada.
Receita de sempre, porém mais
A lista de motores do Volkswagen Tayron já é bem conhecida pelo mundo. Ele conta com motor 1.5 eTSI quatro cilindros turbo semi-híbrido de 150 cv ou 2.0 TSI em variante com os mesmos 150 cv do 1.5 eTSI ou 261 cv. Há também um 2.0 TDI turbo diesel de 272 cv com tração nas quatro rodas.
Para quem prefere a eletrificação, a Volkswagen oferece o Tayron com motor 1.5 quatro cilindros turbo em duas variantes PHEV. A primeira tem 201 cv e a segunda chega a 268 cv. Ambas as versões tem autonomia elétrica de 100 km e chegam a 850 km com um tanque cheio. Bem menos que os chineses Song Pro e Song Plus da BYD que passam de 1.000 km.
Você acha que o Volkswagen Tayron fará mais sucesso que o Tiguan? Conte nos comentários.