Enquanto aqui no Brasil temos cada vez menos peruas no mercado, lá na Europa a história é outra. Prova da preferência local pelas station wagons é que o Volkswagen Passat deverá morrer ao fim dessa geração em sua versão sedã, sendo mantido apenas na perua Variant. O que deve ocorrer apenas depois de 2023.
A força da Variant na linha Passat é inegável. De acordo com dados do Car Industry Analysis, 85% das vendas da família em 2020 na Europa foram representadas pela perua. Com o segmento de sedãs encolhendo ainda mais, a Volkswagen não vê muita justificativa para ter uma nova geração do Passat sedã.
A primeira baixa do nome já aconteceu nos EUA onde a marca confirmou que o Passat morrerá muito em breve. Vale lembrar que por lá ele não migrou para a plataforma MQB, mas passou por pesadas reestilizações para tentar parecer moderno – algo que não conseguiu.
Segundo o Automotive News Europe, a Volkswagen planeja focar no Skoda Superb no segmento de sedãs. Ele é um pouco maior que o Passat, tem abertura do porta-malas como um hatch (o vidro sobe junto da tampa traseira), além de vender substancialmente mais que o primo alemão.
Como no caso do Superb a perua vende bem, mas não tanto quanto a Passat Variant, a Volkswagen acredita em uma sobrevivência da station wagon. Ainda não se sabe se ela será vendida em versões regulares ou se vai incorporar a alma dos SUVs e ser oferecida somente na variante Alltrack com suspensão elevada e visual off-road.
O que é certo é que o lugar do Passat sedã deve ser ocupado por um elétrico da linha ID quando sair de linha em 2023. O possível ID.5 ou ID.6 deverá ser a versão de produção do conceito ID. Vizzion. Ele também tomará o lugar do cupê de quatro portas Arteon (CC na China).
Com isso, as chances de termos novamente um Volkswagen Passat no Brasil são quase nulas, já que a atual geração da perua nem chegou a ser vendida por aqui.
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