Stellantis fechará a fábrica de Vauxhall em Luton, no Reino Unido até junho deste ano. Com isso toda a operação será transferida para a cidade vizinha de Ellesmere Port. Inclusive a linha de elétricos, que retomará no final de 2026. A nova fábrica receberá um investimento £ 50 milhões para assumir a carga de trabalho extra.
Carlos Tavares, ex-chefe da Stellantis anunciou a decisão depois de ameaçar fazer uma série de fechamentos como forma de enfretamento ao governo do Reino Unido devido ao mandato de emissão zero (ZEV), que impõe que as montadoras vendam mais carros elétricos. Porém, nenhum tipo de incentivo é oferecido para os clientes.
Tavares demostrou seu descontentamento publicamente alegando que tal decisão prejudica o modelo de negócio da Stellantis. Além disso, ele reforçou que o setor estava passando por um período de desinteresse do público por veículos elétricos.
Na época, ele também disse que mover todas as operações para uma base ajudaria a consolidar e otimizar a fabricação da Stellantis no Reino Unido. Além de ajudar a cumprir as metas do mandato ZEV.
A decisão da Stellantis de fechar a fábrica de Luton colocou 1.100 empregos em risco. Pensando nisso, o grupo fez uma pesquisa para entender quantos poderiam mudar para Ellesmere Port. Os funcionários que não puderem ir para outra cidade receberão um treinamento ou potencialmente ofertas de empregos em empresas vizinhas.
Sindicado pede para que Stellantis repense o fechamento da fábrica de Vauxhall
Após o anúncio feito em novembro, os líderes sindicais solicitaram que a Stellantis revertesse sua decisão, já que ela foi tomada pouco tempo antes da renúncia de Tavares.
Além de chamar a decisão de “um exemplo final da estratégia fracassada de Tavares”, que deve ser embargado enquanto a Stellantis busca um novo CEO.
Porém, a Stellantis já se manifestou informando que dará continuidade aos projetos em andamento que já foram comunicados. Também frisou que conta com a orientação do presidente John Elkann e de um comitê executivo interino.
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