Rolls-Royce terá mais elétricos com investimento milionário

A fim de ampliar seu programa de personalização de modelos e gerar novos carros elétricos, a Rolls-Royce fez um investimento milionário em sua fábrica. A planta localizada em Goodwood, no Reino Unido, recebeu £ 300 milhões, sendo o maior investimento já recebido. Além disso, a marca descartou fabricação de veículos híbridos.

Esse generoso investimento é tido como um passo no compromisso da marca para criar valor para seus clientes na fabricação de produtos artesanais de luxo. Inicialmente, o valor será destinado ao programa de personalização da montadora. Hoje, ele é dividido em duas seções: a Bespoke, a qual permite que o cliente escolha cores e materiais usados em modelos como Spectre, Cullinan, Ghost e Phantom.

O outro é o Coachbuild, que cria modelos exclusivos como o Droptail. Somente em 2024, a marca anotou um crescimento de 10% na personalização Bespoke. O Phantom com longa distância entre-eixos e o Spectre foram os carros mais personalizados. Por isso, a Rolls-Royce fez o investimento milionário nesse setor.

Vem novidades por aí

Contudo, o investimento não servirá para ampliar a produção de carros. De acordo com o CEO da Rolls-Royce, Chris Brownridge em entrevista para a Autocar, a planta de Goodwood produz até 26 carros diariamente e está em capacidade máxima. O montante aplicado servirá para atender a crescente demanda por modelos com personalização Bespoke.

Chris revelou que esses projetos demandam mais espaço, pois levam mais tempo para ficarem prontos. No entanto, o investimento que a Rolls-Royce fez também é uma base para a fabricação de outro modelo elétrico da marca e na ampliação da linha de produção. Ele será revelado no fim deste ano. Mas, não foi contado maiores detalhes acerca desta novidade.

O CEO pontuou que o novo veículo elétrico nasceu após sua equipe receber feedbacks positivos em relação ao esportivo cupê e elétrico Spectre. Além disso, Chris revelou que a marca pode seguir com a estratégia de eliminar gradualmente os modelos a combustão até 2030, mesmo com o mercado e empresas rivais indo na contramão.

Durante o bate-papo, Brownridge revelou que os planos que a montadora tem fazem sentido para ela e para seus clientes. E que as tendências que afetam o setor automotivo não necessariamente possuem relação com a demanda anotada pela empresa. Ainda nesse sentido, o investimento da Rolls-Royce não servirá para criação de carros híbridos.

Aliás, Chris pontuou que não há planos para desenvolvimento desse tipo de motor, que a empresa luta pela perfeição e que não oferecerá nada no quesito transição entre motor a combustão e 100% elétrico.

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