
As fusões são comuns na indústria automotiva, mas nem sempre garantem sucesso. Akio Toyoda, que ingressou na Toyota em 1984, conhece o fabricante como poucos. Ele foi CEO por mais de uma década antes de deixar o cargo em 2023 para assumir a presidência do conselho. Durante sua gestão, desempenhou um papel crucial na ascensão global da Toyota.
No ano passado, a Toyota, fundada por seu avô Kiichiro Toyoda, foi a maior fabricante de automóveis do mundo pelo quinto ano consecutivo. Em entrevista à Automotive News, Toyoda falou da fusão fracassada entre Nissan e Honda. Na conferência, que também contou com a presença da Mitsubishi, segundo Toyoda, o tema central não foi abordado: os carros.
No lugar dos produtos, o memorando de entendimento entre Honda e Nissan destacou apenas os temas “sinergias” e “integração de negócios”, sem mencionar os veículos. Isso indicava que o foco da estratégia era fortalecer a base industrial no Japão e criar uma empresa global de mobilidade.

Entre os termos descritos no acordo estavam planos para padronizar plataformas de veículos e compartilhar modelos entre os fabricantes, mas sem revelar detalhes específicos. Sobre o cancelamento, Toyoda questionou os reais benefícios dessa estratégia.
“Ter volume não significa ser forte. No longo prazo, pode ser difícil alcançar um cenário onde todos estejam satisfeitos com a parceria”, afirmou à Automotive News, conforme publicado pelo Motor1.com.
Os motivos que impediram a realização da fusão
Um dos principais fatores que levaram a não realização do, apenas dois meses após o anúncio, foi o desejo da Honda de transformar a Nissan em uma subsidiária, em vez de uma fusão igualitária.
Apesar disso, a Toyota mantém várias marcas, incluindo a Daihatsu e a Lexus. Além disso, possui alianças estratégicas com fabricantes japoneses, como Mazda e Subaru, no desenvolvimento de motores a combustão mais eficientes e eletrificados. Atualmente, a marca detém 20% da Subaru, 5,1% da Mazda, além de 4,9% tanto na Suzuki quanto na Isuzu.

Em 2024, a Toyota vendeu 10.821.480 unidades, incluindo Lexus, Daihatsu e Hino. No entanto, registrou uma queda de 3,7% em relação ao ano anterior.
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