A Audi apresentou essa semana seu veículo mais tecnológico produzido até então: a quarta geração do A8. Ele será comercializado em duas opções de carroceria: a padrão, com 5,17 metros de comprimento, e a variante L, com 5,30 m e entre-eixos alongado. O modelo já teve sua vinda confirmada para o Brasil em 2018.
Em relação ao desenho, o novo Audi A8 traz boa dose de inspiração no conceito Prologue, apresentado em 2014. São destaques, principalmente, a ampla grade hexagonal cromada, os faróis com tecnologia HD Matrix Led, o teto em arco e as lanternas de led interligadas.
O interior traz design minimalista, com grande parte dos recursos acionados por comandos sensíveis ao toque ou mesmo por voz – ou seja, quase sem botões físicos. Assim como visto em outros modelos da marca, o A8 traz o painel de instrumentos digital configurável Virtual Cockpit, além de duas telas no console central, com uma delas reunindo os comandos para ajustes de climatização, modos de condução, entre outras configurações.
Na configuração L, o banco traseiro direito opcional conta com ajustes para diferentes posições, além de massagem e apoio para os pés com aquecimento e massageador. Como é comum em sedãs de luxo, estão à disposição dos passageiros telas e controles de climatização.
De acordo com a Audi, o novo A8 será o primeiro carro com condução autônoma nível 3 a ser produzido em série. O sistema batizado de Audi AI assume a direção em velocidades de até 60 km/h (controlando partida, aceleração, direção e frenagem) em vias com barreira no canteiro central. Com isso, o motorista pode até tirar as mãos do volante e realizar outra atividade (se a legislação local permitir), mas deverá ficar atento e retomar o controle da direção quando o sistema avisar.
O sistema de condução autônoma funciona através de câmeras, sensores de ultrassom e, inclusive, um scanner a laser — tecnologia inédita em automóveis, segundo a Audi. Outro recurso disponível é o sistema de estacionamento automático por controle remoto, no qual o motorista pode ficar do lado de fora para ver o carro estacionando sozinho e acompanhar a manobra pelas imagens de 360 graus ao redor do veículo pelo smartphone.
A suspensão ativa é um capitulo a parte. Cada roda tem um motor elétrico e um tubo rotativo, que traz uma barra de torção de titânio. Com isso, a suspensão pode subir ou rebaixar para transpor obstáculos e irregularidades na via, se ajustando antecipadamente ao fazer a leitura pela câmera frontal do veículo – uma forma preventiva de evitar desconforto para os ocupantes e poupar a suspensão. O funcionamento do sistema é atrelado ao sistema de 360 graus que, na iminência de impacto lateral, levanta a suspensão em fração de segundo do lado da colisão, tudo para que a estrutura das soleiras das portas absorva o impacto.
Equipado com tração integral quattro, o sedã de luxo traz também sistema de rodas traseiras esterçantes, que podem virar para a mesma direção das dianteiras (para melhor estabilidade em alta velocidade) ou na direção oposta (para reduzir o diâmetro de giro em manobras). Esse último muito útil, já que o A8 é uma “barca” com mais de 5 metros de comprimento.
De início, serão ofertados no mercado alemão versões com motor V6 3.0 turbo: a gasolina de 340 cv e diesel com 286 cv. Depois estarão disponíveis dois propulsores oito cilindros: o V8 TDI (diesel) de 435 cv e o V8 4.0 TFSI (gasolina) que gera 460 cv – há previsto também um W12 de 6,0 litros que não teve a potência divulgada pela fabricante. Abaixo, confira detalhes do sedã em vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=hjpXYlyKC_s
A oferta deverá incluir ainda uma versão plug-in híbrida, o A8 L e-tron, equipado com motor V6 3.0 TFSI e um motor elétrico que, somados, geram 449 cv e 71,3 kgfm de torque. Ele pode rodar até 50 quilômetros em modo totalmente elétrico, com a bateria podendo ser recarregada sem fio (por indução), através de um carregador especial.
Todos trazem sistema elétrico de 48 V e sistema híbrido leve, que permite ao sedã rodar com o motor desligado em velocidades entre 55 e 160 km/h, sem emitir poluentes (e ainda poupando combustível). O motor é religado de forma suave assim que necessário.
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