“Não tem cara de tiozão.” Essa expressão foi associada ao Nissan Sentra por conta da campanha publicitária da sexta geração. Com o nome que se origina em “kentron” (centro), a oitava geração recebeu pontuais atualizações estéticas na linha 2025, para seguir no encalço do Toyota Corolla e das versões topo de linha dos sedãs compactos.
Para enfrentar a onda dos utilitários esportivos e sua maior versatilidade, a carroceria do Sentra bebeu na mesma fonte do Altima e do Maxima, à venda no mercado norte-americano. Ou seja, com o design minimamente mudado junto ao pacote de série ampliado, ele reforça suas armas para manter viva a chama dos admiradores dos sedãs.
São duas versões: Advance e Exclusive, que chegam às concessionárias com preços iniciais de R$ 156.390 e R$ 176.690, respectivamente. A carroceria mede 4,64 m de comprimento, 1,81 m de largura e 1,45 m de altura.
Para aqueles que buscam um sedã, o porta-malas do Nissan Sentra oferece 466 litros, ligeiramente inferior aos 470 litros do Toyota Corolla Altis Premium (R$ 185.320), mas ambos possuem os mesmos bons 2,70 m de entre-eixos.
As mudanças estéticas da linha 2025 aparecem principalmente na dianteira. Observadores mais atentos notarão que o para-choque dianteiro está diferente, e a grade V-motion da Nissan recebeu uma nova interpretação com acabamento cromado e outras áreas da porção dianteira exibindo tonalidade preto brilhante.
Os faróis são de LED com luzes de condução diurna, mas os piscas continuam halógenos. Além disso, o Nissan Sentra agora exibe o novo logotipo da Nissan na dianteira e na traseira, e a chave presencial I-Key foi redesenhada.
Interior refinado
Ao abrir a porta, o habitáculo exibe bons materiais, bem como áreas sensíveis ao toque. Os bancos dianteiros e traseiros com tecnologia Zero Gravity, desenvolvida pela NASA, também são encontrados no SUV Kicks e na picape média Frontier, oferecendo ótimo suporte para a região lombar e as costas, permitindo longos períodos ao volante sem cansaço.
Além disso, o Nissan Sentra proporciona boa ergonomia, principalmente pelos comandos bem localizados e a coluna de direção amplamente regulável em altura e profundidade, com o volante de base achatada oferecendo ótima empunhadura.
Quem desejar o revestimento premium terá que desembolsar R$ 1.700 extras, elevando o preço da versão de topo Exclusive a R$ 178.390.
Um detalhe que destoa do conjunto e da proposta familiar são os acabamentos que imitam fibra de carbono. Gosto é algo subjetivo, não é mesmo? Em contrapartida, as saídas de ar dianteiras são inspiradas no monstruoso GT-R.
O Nissan Sentra oferece ar-condicionado de duas zonas, embora não tenha saídas dedicadas aos ocupantes traseiros, e o freio de estacionamento é acionado com o pé, como em utilitários médios. Isso devido ao sedã ser produzido no México e também comercializado nos Estados Unidos.
À frente do motorista está o quadro de instrumentos que mescla o velocímetro e o conta-giros analógicos com a tela TFT de 7” responsável por transmitir as informações do computador de bordo.
Visual mudado e mais equipado
A linha 2025 trouxe novos equipamentos, e a versão inicial Advance passou a oferecer faróis automáticos inteligentes, alertas de ponto-cego, de tráfego cruzado traseiro e de mudança de faixa com assistente de prevenção.
Eles se somam a outros itens da versão, como rodas de 17”, banco do motorista com regulagem elétrica e outros sistemas de segurança: alerta de atenção do motorista, de colisão frontal, de frenagem e de esquecimento de objetos no banco traseiro.
Já a topo de linha Exclusive se diferencia pelo teto solar, partida remota do motor, sistema de áudio da Bose com oito alto-falantes, controlador inteligente de velocidade e espelhos retrovisores com rebatimento elétrico.
Tanto a Advance quanto a Exclusive também incorporaram sistema de travamento automático das portas com o carro em movimento e destravamento das portas em caso de acidente.
Motor naturalmente aspirado
O Nissan Sentra segue a escola clássica, sem turbocompressor ou eletrificação. Sob o capô, está a terceira geração do motor de quatro cilindros 2.0 naturalmente aspirado (código MR20DD) com ciclo Atkinson e injeção direta, acoplado ao câmbio continuamente variável (CVT) com oito marchas simuladas.
Esta unidade não é flex e usa apenas gasolina, oferecendo 151 cv e 20 kgfm. Apesar de não ser um canhão, o Nissan Sentra seduz pelo comportamento progressivo. A relação peso-potência é de 9,14 kg/cv.
A caixa CVT prioriza os baixos giros, seja na cidade ou na estrada, e a 100 km/h na rodovia, o conta-giros marca cerca de 1.500 rpm, o que contribui para o conforto acústico, apesar de leves ruídos aerodinâmicos, e para a economia de combustível. O consumo rodoviário ficou em torno de 16 km/l.
A maciez de rodagem é garantida pelo bom acerto das suspensões McPherson no eixo frontal e Multilink na traseira, que filtram e absorvem irregularidades do piso de forma silenciosa e ajudam na dinâmica. As rodas de 17” usam pneus 215/50, enquanto a direção é precisa ao esterço.
Resumão sobre o Nissan Sentra 2025
O Nissan Sentra é uma opção para aqueles que desejam fugir dos SUVs e buscam um três volumes agradável, seja para dirigir ou para viajar no banco de trás. Se você quer um sedã, mas não gosta do Toyota Corolla e não quer pagar mais de R$ 200.000 pelo Honda Civic e:HEV, o Nissan Sentra pode ser uma escolha certeira.
Mesmo sem aderir ao turbocompressor, ele entrega uma dirigibilidade condizente à proposta, um bom consumo na rodovia e a inclusão de novos equipamentos. Agora, se a ideia é entrar no mundo da eletrificação, o Toyota Corolla Altis Hybrid cobra iniciais R$ 190.120, enquanto o Honda Civic híbrido sai por R$ 265.900.
Qual é a sua opinião sobre o Nissan Sentra? Gostou das mudanças visuais e dos novos equipamentos? Escreva nos comentários!