Anunciado no final do ano passado, o novo critério de testes do Latin NCAP entra em vigor agora nos últimos meses de 2020. O objetivo é aproximar os testes dos feitos aqui do Euro NCAP. Como consequência, ornar os carros latino-americanos tão seguros quanto os europeus.
As regras usadas pelo Euro NCAP desde 2014 foram parcialmente incorporadas pelo Latin NCAP. O órgão ainda promete divulgar mais três resultados de testes de impactos até o final do ano, sendo um deles até o fim dessa semana.
Os próximos resultados serão divulgados entre novembro e dezembro, além de um no início de 2021. Todos eles já estarão submetidos aos novos critérios e classificação de estrelas renovada.
Novas regras
A partir de agora, os carros serão classificados de uma a cinco estrelas pelo conjunto da obra. Até então, os testes atribuíam estrelas para proteção de passageiros adultos na dianteira e outra para proteção para crianças.
Assim, a nota final será composta pela média da classificação para proteção para adultos, proteção para crianças, proteção para pedestres e uso de tecnologias de assistência e segurança.
O Latin NCAP exigirá que os carros sejam equipados com controle eletrônico de estabilidade (ESP). Caso não esteja presente em todas as versões vendidas na América Latina, o carro sofrerá punição na nota.
Cinco estrelas mais difícil
Em suma, para atingir cinco estrelas é preciso mais segurança dos veículos. Para isso é preciso pelo menos atingir no mínimo 75% de proteção para ocupantes adultos, 80% de proteção para ocupantes infantis, 50% de proteção para pedestres e 75% no quesito tecnologias de assistência e segurança.
Carros com frenagem autônoma de emergência, alerta de ponto cego, manutenção em faixa, entre outros, terão notas mais altas no último quesito. Contudo, os itens devem estar presentes em todas as versões.
Teste do alce
Um dos mais polêmicos testes feitos na Europa agora também fará parte do Latin NCAP. O teste do alce, que rendeu problemas de imagem para Mercedes-Benz Classe A e Toyota Hilux fará parte das exigências do órgão.
Serão realizados testes de mudança brusca de trajetória e retorno à posição original a fim de testar a suspensão e os controles eletrônicos. Serão feitas baterias graduais entre 30 km/h e 70 km/h até atingir o limite do carro.
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