Se a Renault chama o Kwid de SUV dos compactos, como será classificado o novo Kiger? Revelado na Índia, mas com grandes chances de também ser vendido no Brasil, ele é de fato o SUV do Kwid. A produção local do Nissan Magnite, outro SUV subcompacto, ajudará na hora de carimbar o passaporte do Kiger.
Construído sobre a plataforma modular CMF-A+, uma versão expandida e reforçada da base do Kwid, o Renault Kiger é o menor SUV da Renault. As medidas são tímidas, típicas de hatches compactos, ficando entre o Sandero e Kwid em porte.
Menos de 4 metros de comprimento
Segundo a Renault, são 3,99 m de comprimento, 1,60 m de altura e 1,75 m de largura, com entre-eixos de 2,50 m. Comparando ao Stepway, que hoje faz o papel de aventureiro de entrada da marca, o Kiger é 7 cm mais curto, 2 cm mais largo e 3 cm mais alto. O entre-eixos é 9 cm mais curto.
Ainda assim, ele entrega um ótimo porta-malas de 405 litros, generosamente maior do que do Sandero e do Stepway que carregam 320 litros. É bem mais que os 290 litros do irmão Kwid. É bastante provável que o Kiger cheguei para tomar o lugar do Stepway no Brasil. Com ele, a Renault terá um SUV de verdade abaixo do Duster, não um Sandero aventureiro.
Kwid + Captur = Kiger
Para isso, a Renault deu ao modelo um visual parrudo com os mesmos truques visuais do Kwid. Ele parece maior do que de fato é, boa parte desse efeito causado pelas caixas de rodas grandes com plásticos pretos em volta e pelas linhas volumosas da lateral.
Os faróis são finos e integrados à grade frontal, como no Kwid indiano reestilizado. A segunda parte do conjunto luminoso fica no para-choque e é constituída por três blocos de LED quadrados.
Se a dianteira faz do Kiger um Kwidão, na traseira as semelhanças são com o Captur europeu. As lanternas traseiras são de LED com desenho em C, que seguem o estilo do irmão maior. Elas são acompanhadas de vincos mais fortes e de um vidro traseiro generosamente inclinado.
Por dentro o acabamento simplório do Kwid deu lugar a um visual mais moderno e harmonioso. O volante e os comandos do ar-condicionado são os mesmos do novo Duster, assim como a central multimídia, mas no Kiger ela conta com Android Auto e Apple CarPlay sem fio.
Painel de instrumentos digital é item de série, mas não pense tratar-se de um sistema mais complexo como o do Volkswagen Nivus ou dos Renault europeus. É apenas uma tela de TFT com mostradores digitais, que já é usada por outros modelos indianos da marca francesa.
SUV 1.0
Em virtude da plataforma, o Renault Kiger é restrito somente a motores 1.0 três cilindros. As versões de entrada usam uma variante aspirada de 72 cv e 9,8 kgfm de torque. Esse motor pode ser ligado à transmissão manual de cinco marchas ou ao antiquado e já abandonado no Brasil câmbio automatizado de embreagem única Easy’r.
Já para quem quer um pouco mais de potência, o Kiger conta com 1.0 três cilindros turbo de 100 cv e 16,3 kgfm de torque. Esse motor deve ser o escolhido para o modelo no Brasil, mas a potência deve ficar acima dos 120 cv e o torque bater os 20 kgfm, como nos rivais. Aqui a transmissão pode ser manual de cinco marchas ou CVT.
>>SUV subcompacto Nissan Magnite estreia por equivalente a R$ 35 mil
>>Nissan Magnite tem interior de Duster e motor de Renault Sandero