Um grupo de concessionárias da Hyundai Motor nos Estados Unidos moveu um processo no tribunal federal de Chicago contra a gigante automobilística sul-coreana, alegando que a marca está mentindo sobre os dados de vendas de veículos elétricos. No Brasil, tudo segue sem problemas.
O processo, apresentado pela Napleton Aurora Imports, de Illinois, Estados Unidos, alega que a Hyundai Motor America Corp (HMA) teria solicitado às concessionárias que utilizassem códigos de estoque destinados a veículos emprestados para elevar os números de vendas. As informações são da Reuters.
Segundo a agência de notícias, os revendedores que ajustaram os códigos teriam recebido descontos de preço por atacado e varejo, além de outros benefícios. Em resposta, a Hyundai declarou que não tolera a falsificação de dados de vendas e que iniciou uma investigação interna após tomar conhecimento dessas alegações.
A queixa em Chicago acusa a Hyundai de práticas comerciais inadequadas e de violar a Lei Robinson-Patman, que impede discriminação de preços. Ou seja, uma maneira um tanto quanto questionável de melhorar a própria imagem. Mas a que custa?
O processo alega que os revendedores que seguiram as instruções teriam recebido estoques adicionais de modelos, resultando em menos opções para os clientes. Isso, segundo a queixa, ajudaria a Hyundai a apresentar números de vendas mais favoráveis ao público e aos investidores.
A Hyundai destacou seu crescimento em vendas de veículos elétricos, o que, segundo o processo, pode ter levado o público a acreditar que a demanda estava sendo impulsionada pelo mercado.
O processo cita declarações de um gerente de vendas distrital da Hyundai, que teria mencionado a necessidade de atingir determinados números para a imprensa e para a matriz. Já os revendedores afirmam que não receberam benefícios prometidos pela Hyundai e pedem ao tribunal uma compensação para cobrir vendas perdidas e lucros.
Caso semelhante aconteceu no passado
Em um caso anterior, a Napleton Aurora Imports chegou a um acordo com a Chrysler em 2019, após acusar a montadora de inflacionar os números de vendas. A marca negou as alegações e os termos do acordo permaneceram confidenciais.
Em uma ação relacionada, a Chrysler concordou em 2019 em pagar US$ 40 milhões à Securities and Exchange Commission dos EUA para resolver alegações de que os números de vendas mensais haviam sido inflacionados.
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