A volta dos que já foram

Governo italiano quer tirar duas marcas da Stellantis e dar à China

Brigas constantes entre Stellantis e o governo italiano podem levar do grupo duas marcas para serem ressuscitadas pelos chineses

Fiat Toro Endurance T270
[Rafael Dea / Auto+]

Enquanto no Brasil a Stellantis só teve a Fiat e a Alfa Romeo como suas representantes italianas antes mesmo da formação do grupo, lá na terra do macarrão existem outras marcas. Além da Lancia, o antigo grupo Fiat teve as marcas Innocenti e Autobianchi. Marcas essas que estão na mira do governo italiano.

Depois de proibir a Alfa Romeo de vender o seu SUV compacto como Milano por não ser feito na Itália e perturbar a Chery por conta da marca DR, a nova do governo italiano é a tentativa de tomada de marcas da Stellantis. Afinal, uma lei permite que isso seja feito.

Segundo reportagem do Il Sole 24 Ore, uma nova lei do governo italiano quer determinar que marcas que não foram usadas pelos últimos cinco anos, podem ser tomadas. Inclusive, o ministério de negócios da Iltália já iniciou o processo contra a Stellantis para tomar para si as marcas Autobianchi e Innocenti.

Stellantis
Autobianchi A112 [divulgação]

As duas marcas deixaram de existir há anos e agora o governo local quer resgatá-las para vender a alguma fabricante chinesa. Contudo, a condição é que os carros sejam feitos dentro da Itália, como uma maneira de resgatar a indústria automotiva local.

Venderam até Uno Mille

A Autobianchi foi fundida em 1955 pela junção da Bianchi, Pirelli e Fiat. Ao todo, foram produzidos somente cinco carros, sendo o mais famoso o A112. A marca foi descontinuada em 1995, sendo que alguns modelos, como o Y10, foram incorporados à Lancia.

Stellantis
Innocenti Mille [divulgação]

Já a Innocenti é de 1920, sendo conhecida por produzir lambretas e carros. Ela se tornou parte do grupo Fiat em 1990, mas apenbas seis anos depois foi descontinuada. Na Europa, o Fiat Uno Mille brasileiro e a Elba foram vendidos como Innocenti.

Agora, a ideia do governo italiano é que essas marcas voltem ao mercado sobre os cuidados dos chineses. A única questão é que, a nova lei, não permitirá que os logotipos sejam tirados das mão da Stellantis. Ou seja, apenas o nome poderá ser usado pelos novos donos.

Você concorda com essa estratégia do governo italiano de arrancar duas marcas mortas do portfólio da Stellantis? Conte nos comentários.