GM é punida após vender dados de clientes que aumentam taxas de seguro 

A General Motors (GM) através do serviço OnStar coletaram e venderam dados de geolocalização e comportamento de direção sem o consentimento adequado dos seus clientes. Por isso, a Comissão Federal de Comércio dos EUA proibiu a fabricante de carros de comercializar novos dados para agências de relatórios de consumidores por um período de cinco anos.  

“A GM monitorou e vendeu dados precisos de geolocalização e informações sobre o comportamento do motorista, às vezes com uma frequência de até três segundos”, contou a presidente da FTC, Lina M. Khan, ao anunciar o acordo de consentimento. Ela ainda completou: “Com essa ação, a FTC está salvaguardando a privacidade dos americanos e protegendo as pessoas de vigilância descontrolada”. 

Depois de vir à tona o compartilhamento de informações pessoais de direção com seguradoras, a GM afirma ter feito algumas mudanças em suas políticas de dados, como descontinuar o programa Smart Driver e cancelar a inscrição de todos os seus clientes em abril de 2024. Além disso, a montadora encerrou seus contratos com a LexisNexis e a Verisk. 

Por fim, consolidou suas políticas de privacidade em apenas um documento e de forma mais simplificada. A GM foi processada pelo procurador-geral do Texas, Ken Paxton, em agosto de 2024. Na ocasição, Paxton acusou a fabricante de enganar os consumidores para obter o compartilhamento de dados.  

Como o compartilhamento de dados da GM impacta os clientes? 

Os dados fornecidos pela GM revelavam informações do estilo de direção do motorista, como excesso de velocidade e frenagem brusca para agências de relatórios que repassavam os dados para seguradoras de veículos. Com isso, as informações impactavam diretamente nas taxas de seguro.   

De acordo com a Comissão Federal de Comércio dos EUA, a GM falhou ao comunicar aos usuários os tipos de dados que eram coletados. Além de ficar proibida de comercializar os dados por cinco anos, foi exigido que a GM passe a obter o consentimento do cliente para coletar, usar ou divulgar certos tipos de dados de veículos conectados.  

A fabricante também deve disponibilizar uma função que permita aos clientes desabilitar a coleta da localização. Também foi exigido que os clientes tenham acesso a função de apagar os dados. A GM afirmou que isso já está sendo feito através de um programa de privacidade expandido pelos 50 Estados dos EUA. 

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