Os novos rumos da indústria automotiva estão concentrando os esforços na eletrificação. No entanto, a Ferrari planeja manter o motor V12 naturalmente aspirado enquanto possível, mesmo com o lançamento próximo de seu primeiro supercarro elétrico.

“Produziremos os motores de doze cilindros em “‘V” naturalmente aspirados até que a legislação nos permita”, afirmou Emanuele Carando, diretor global de marketing da Ferrari, em entrevista ao site australiano CarExpert e também publicado pelo portal Autoblog.com.

O executivo também mencionou que o uso de combustíveis sintéticos poderia prolongar a vida útil dos motores de 12 cilindros. O V12 6.5 da Ferrari 812 Superfast descarrega 800 cv e 73,2 kgfm, por exemplo.

No entanto, ainda não está claro por quanto tempo a Ferrari poderá fabricar seus icônicos propulsores naturalmente aspirados, conhecidos por sua sinfonia única.

Na União Europeia, a venda de novos carros a combustão será proibida a partir de 2035, embora haja uma exceção para combustíveis sintéticos.

Carando também afirmou que “a Ferrari deseja permanecer fiel às suas raízes, e um motor eletrificado apenas adicionaria peso, sem necessariamente melhorar o desempenho.” Apesar disso, a Ferrari está desenvolvendo seu primeiro carro elétrico em série, programado para ser lançado em 2025.

O foco está em desenvolver um veículo ágil e divertido de dirigir. Embora a Ferrari não esteja totalmente comprometida com a eletrificação, é esperado que até 2030 os veículos elétricos representem cerca de 40% de suas vendas, os híbridos plug-in outros 40%, enquanto os 20% restantes serão carros não eletrificados movidos a gasolina. Quanto ao futuro, isso dependerá das regulamentações e da demanda do mercado.

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