A descontinuação do icônico motor Hemi V8 na Stellantis é uma decisão atribuída unicamente a Carlos Tavares, que deixou o cargo de CEO da empresa no início de dezembro. De acordo com uma fonte ligada à emissora CNBC, havia um desejo de manter o motor de oito cilindros em V, mas Tavares optou por um caminho diferente.
A decisão de eliminar o Hemi V8 está ligada diretamente a Tavares, criando uma crise de identidade ao transformar a Stellantis em um conglomerado europeu focado tanto na redução de emissões de poluentes quanto na eletrificação de seus veículos, o que significou eliminar o Hemi V8. Este movimento reflete o rápido avanço do conglomerado em direção a uma frota mais sustentável e livre de poluentes, embora ocorra de forma lenta nos Estados Unidos.
Com a saída de Tavares, espera-se que um novo CEO seja nomeado no primeiro semestre do próximo ano. A Stellantis, dona da Abarth, Citroën, DS, Fiat e Peugeot, para citar, está empenhada em manter suas operações robustas na América do Norte, onde o motor V8 tem uma base de fãs leal e uma presença importante.
Novos rumos com o motor V8
Entre os possíveis sucessores está Tim Kuniskis, ex-CEO da Dodge e da Ram, conhecido por seu entusiasmo pelos motores V8 e por ser o responsável pelos modelos Challenger e Charger Hellcat. Sua nomeação poderia sinalizar uma mudança de cultura na empresa, reavivando a paixão pelos motores potentes, embora a eletrificação seja um caminho sem volta.
Embora ainda não esteja claro se o motor V8 retornará de forma definitiva a outros modelos, a Dodge continua a oferecer o V8 no Durango Hellcat (foto abaixo) e em algumas caminhonetes de grande porte do conglomerado. A possibilidade de um retorno do Charger com motor V8 ainda é incerta, mas muitos entusiastas aguardam ansiosamente, especialmente com a recente introdução de modelos elétricos e de seis cilindros em linha nas concessionárias.
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