
As tarifas impostas por Donald Trump sobre carros importados é uma polêmica que vai render bastante pano para a manga. Mas, a estratégia dele de taxar com altos impostos pode mais prejudicar do que ajudar as montadoras consolidadas em solo norte-americano, como a Stellantis, Ford e GM.
Lá fora, elas são conhecidas como as “Três grandes de Detroit”. Elas acumularam 1,85 milhão de carros leves importados para os Estados Unidos em 2024. Apesar de serem solidificadas naquele mercado, elas acabam produzindo boa parte dos seus modelos fora do território comandado por Trump. O Volkswagen Taos, por exemplo, é fabricado no México e enviado aos Estados Unidos.
Logo que ele desembarca no porto norte-americano, já sofre com uma tarifa de 25%. Assim, seu preço final acaba não compensando tanto quanto um rival seu que pode ser produzido localmente. Ou seja, essas montadoras grandes podem sofrer muito mais com as tarifas impostas por Donald Trump do que marcas como a Honda e a Toyota. E olha que elas também precisam vender seus veículos nos Estados Unidos.

Pode fazer sentido
Segundo o analista global da Jato Dynamics, Felipe Munoz, essas tarifas significam um problema para as marcas automotivas. Ele pontuou que o território norte-americano é o segundo maior mercado de automóveis do mundo. O executivo contou que o país é vital para os lucros de montadoras não chinesas.
Felipe revela que uma saída para as marcas como Ford, Stellantis, BMW, Volkswagen e outras não sofrerem com esse imposto, o ideal é que aumentem sua produção nos Estados Unidos. Já que lá é um mercado em que elas não podem deixar de atuar. Por outro lado, fabricantes como a Mazda e a Subaru anotaram expressivos índices de vendas na região em 2024.

A empresa de consultoria falou ainda que é provável que a General Motors seja uma marca que sofra bastante com essas tarifas. Isso acontece porque ela importa diversos modelos do seu portfólio para o mercado norte-americano. Um exemplo é o SUV Equinox. Contudo, segundo o Carscoops, a estratégia de Donald Trump pode fazer algum sentido.
Ele implementou esse imposto para tentar reduzir o número de importações de veículos em seu país. Assim, forçaria as fabricantes a aumentarem a produção local, contratar mais funcionários e abrir mais turnos de produção. Só que, isso até pode acontecer, mas inicialmente as montadoras devem sofrer até encontrar o equilíbrio ideal para sobreviverem no mercado.

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