Chrysler, Lancia, Alfa Romeo e DS estão na berlinda da Stellantis. As quatro marcas receberam o desafio de voltar a lucrar em dez anos ou serão limadas do grupo sem dó, nem piedade. Para evitar isso, a francesa DS Automobiles lançou o inédito nº8 como seu novo SUV cupê 100% elétrico com nome inspirado em perfume francês.
Plataforma compartilhada
Construído sobre a plataforma modular STLA Medium, o DS nº8 compartilha muita coisa com os europeus Peugeot 408, 3008 e 5008, Opel Grandland e a próxima geração de Citroën C5 Aircross e Jeep Compass. Isso significa que ele tem acesso a motores elétricos, híbridos (de todos os tipos) e a combustão.
Entretanto, a DS decidiu que o nº8 será somente elétrico. Como o objetivo da marca é brigar com Audi, Mercedes-Benz, BMW e Volvo, é um movimento arriscado, visto que todas as rivais já mandaram seu “veja bem” sobre a eletrificação total. Considerando ainda o segmento do novo modelo da Stellantis, era preciso pelo menos um híbrido.
A gama de versões será composta por dois layouts de motores elétricos. As opções de entrada contam com motor dianteiro que pode ter 230 cv ou 245 cv, sendo o último agraciado com função overboost que adiciona 30 cv temporariamente. Já os DS nº8 mais caros usam layout de dois motores.
Com tração integral, o SUV cupê roda com 350 cv, mas atinge 370 cv na função overboost. Como resultado, ele chega aos 100 km/h em 5,4 segundos. Independentemente da versão, a velocidade máxima é limitada a 190 km/h. Já a autonomia varia de 572 km a 750 km nas versões tração dianteira, enquanto o AWD fica em 686 km.
Visual do DS nº8 é impressionante
Considerando que o DS nº8 é o maior SUV cupê de toda Stellantis, é nítido que ele é um carro grande. São 4,82 m de comprimento, 1,90 m de largura, 1,58 m de altura e 2,90 m de entre-eixos. Comparando a um Fiat Fastback, o francês é 40 cm mais longo, 13 cm mais largo, 4 cm mais alto e tem entre-eixos 27 cm maior.
Isso faz com que o modelo tenha um visual bem chamativo e impositivo. A frente é marcada pelos finos faróis cujos LEDs internos parecem pequenas joias. Há uma extensão em LED no para-choque que faz lembrar os dentes de leão dos antigos Peugeot. A grade frontal é formada por frisos verticais iluminados de maneira muito elegante.
Seu perfil é esguio, com capô grande, teto reto até chegar ao vidro traseiro, além de linhas muito limpas. Na traseira, o SUV cupê traz lanternas em Y esticadas pelo para-choque. Um discreto aerofólio cria uma divisão entre a tampa do porta-malas e o teto. Já o logo da DS virou o escrito DS Automobiles logo acima no nome nº8, inspirado em perfumes.
Luz indireta
Na tentativa de traduzir o luxo da arquitetura e das grifes francesas para um carro, a DS recheou a cabine do nº8 com muitos mimos. O que mais chama a atenção é o volante em X, que destaca o painel de instrumentos totalmente digital. A central multimídia é uma tela fina e larga, que domina a porção central do painel.
Contudo, o maior elemento de refinamento do DS nº8 é o seu sistema de iluminação. Paineis de LED fornecem luz indireta por todo painel e criam uma luz indireta como em casas de ricos. A cabine pode receber bancos revestidos em couro com costuras que simulam braceletes de relógios ou tecido sintético estilo camurça.
Você acha que o DS nº8 será capaz de salvar a marca de luxo da Stellantis? Conte nos comentários.
