A Stellantis quer posicionar a DS Automobiles como uma marca de luxo extremo capaz de competir até mesmo com Bentley e Rolls-Royce. Thierry Métroz, chefe de design da DS, revelou essa ambição em entrevista à Autocar durante o Salão de Bruxelas, na Bélgica.
A DS nasceu como uma divisão da francesa Citroën em 2009, tornou-se independente dentro do Grupo PSA em 2014 e, a partir de 2021, passou a fazer parte da Stellantis após a fusão entre FCA (Fiat Chrysler Automobiles) e PSA (nomenclatura para união entre as francesas Peugeot e Citroën).
Segundo Métroz, a DS Automobiles mira diretamente as referências de luxo representadas por Bentley e Rolls-Royce. Ele reconheceu que esse objetivo é desafiador, mas destacou que a marca já deu o primeiro passo com o DS N°8. Esse modelo, mais focado em exclusividade do que em volume de vendas, busca redefinir os padrões de luxo e requinte, oferecendo um interior extravagante e inovador.
Na Europa, os números de vendas de 2024, publicados hoje pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), mostram que a DS Automobiles registrou apenas 0,3% de participação de mercado na região EU (União Europeia)+EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio)+UK (Reino Unido). As entregas caíram 22,4% em comparação ao ano anterior, totalizando 37.480 unidades.
Métroz também destacou que a DS Automobiles pretende se tornar mais original e consolidar sua identidade. Embora os próximos modelos compartilhem tecnologias com outros produtos da Stellantis, a marca busca diferenciar seus veículos, especialmente em relação aos da Citroën.
A transição para competir com marcas como Bentley e Rolls-Royce será longa. Métroz estimou que pode levar de 10 a 20 anos para transformar a DS Automobiles em uma referência de luxo extremo no mercado global.
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