Apesar de não ser uma das marcas da Stellantis com a corda no pescoço, a Citroën teve uma baixa fortíssima. Depois de 101 anos de atuação na Austrália, a marca francesa deixará de vender seus carros por lá. A situação é tão feia que a Ferrari, que é uma marca de carros caríssimos, conseguiu vender mais carros que a Citroën no primeiro semestre de 2024.
Ao todo, foram 87 emplacamentos de carros da Citroën na Austrália contra 113 Ferraris. Segundo o CarExpert, até mesmo a Maserati conseguiu vender mais carros por lá, emplacando 200 modelos – isso que a italiana é uma das fabricantes da Stellantis com risco de ser fechada.
A trajetória da Citroën nos últimos anos na Austrália estava bem ruim. Em 2007 foram vendidos 3.803 unidades de modelos da marca francesa, enquanto em 2021, apenas 175 unidades foram comercializadas em todo o país. Aqui no Brasil, segundo a Fenabrave, mesmo o Aircross vendendo mal, já foram 3.912 unidades em 2024.
Vale ressaltar que a linha australiana da Citroën não se encontrava tão atualizada assim. Eles ainda vendem o C3 antigo e nunca receberam o C3 Aircross, mesmo o da geração anterior. Contudo, o país oferece os novos C4, C5 Aircross e C5 X, que nunca colocaram seus pneus em rodas brasileiras.
Encerramento gradual
As operações da Citroën na Austrália serão encerradas aos poucos. A partir de novembro, não será possível mais encomendar novos carros da marca por lá. Depois, eles passarão a contar com garantia de cinco anos sem limite de quilometragem a ser cumprida em 35 centros de serviço. Após esse período, adeus Citroën.
A marca francesa é a mais longa atuante no mercado australiano. Ela chegou em 1923 e está lá desde então. Um ano depois de completar seu centenário, vai fechar as portas. Vale lembrar que o mercado australiano está em crise, não produzindo mais carros desde que Ford e GM desistiram, atuando só com importados e sendo invadido pela China.
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