Desde que começou a oficialmente vender carros de passeio no Brasil em 2022, a BYD nunca havia tirado um modelo de linha. O portfólio da marca chinesa só foi aumentando desde a estreia que contava com Tan, Han e D1, mas que hoje chega a sete elétricos e cinco híbridos, totalizando 12 carros. Porém, o BYD D1 é o primeiro carro da marca a sair de linha.
Conhecido como carro de 99 e de Uber, o BYD D1 sai de linha no Brasil sem deixar sucessor. Ele foi concebido para ser um modelo de transporte por aplicativo na China, cumpriu sua missão, e agora nos deixa. Mas não somente isso, ele sai de linha também no seu país de origem devido às vendas baixas.
No Brasil seu desempenho sempre foi fraco. Prova disso são 300 das 323 unidades vendidas em 2023, todas direcionadas para a 99. A empresa usa até hoje o BYD D1 como plataforma de autopromoção quanto a eletrificação de sua frota. Em 2024 a BYD conseguiu vender apenas 8 D1 no Brasil todo, sendo que esse volume todo foi emplacado em abril.
Essencialmente utilitário, o BYD D1 se diferenciava pela presença de porta traseira deslizante do lado esquerdo, enquanto a do lado do motorista era aberta de maneira regular. As linhas eram de minivan, enquanto boa parte da mecânica era compartilhada com o Dolphin.
Como era o BYD D1 que saiu de linha?
O motor rendia 136 cv com 18,3 kgfm de torque. Esse conjunto combinado às baterias de 53 kWh, faziam com que o modelo rodasse 258 km com carga completa, de acordo com as medições do INMETRO. Já no ciclo NDEC, a autonomia chegava a 371 km. Na prática, ele conseguia mais de 300 km com uma carga.
Em relação a outros carros da BYD, o D1 era mais simples no acabamento, sem tantos materiais macios e elementos refinados. O painel de instrumentos era uma tela minúscula entre as saídas de ar, enquanto a central multimídia era a mesma do Dolphin Mini. Curioso era o fato de que os bancos eram claros, exceto o do motorista, que era em preto.
O BYD D1 sai de linha custando R$ 269.990. Dado o fato de que era um carro voltado a motoristas de aplicativo e sem apelo comercial para um público tradicional, as vendas baixas do modelo são mais do que justificáveis. O preço era alto, o visual não era cativante e ele era apenas uma ferramenta de trabalho.
Você já andou em um BYD D1? Vai sentir falta que ele saiu de linha? Conte nos comentários.