BYD quer se juntar a Tesla para vender mais e derrubar carros a combustão

Sem dúvidas 2024 foi o ano da BYD. As vendas da gigante chinesa apresentaram um crescimento global impressionante de 40%. Só o modelo Song teve 570.000 unidades comercializadas. O que o colocou no ranking dos dez carros mais vendidos no mundo em 2024. A BYD também aperece no top dez das marcas mais vendidas na terceira posição.  

No entanto, estar no pódio das fabricantes com mais vendas no mundo, mesmo sem vender uma unidade em um dos mercados mais importantes que é o EUA e ainda ultrapassar marcas consolidadas globalmente como  Honda, Ford,  Chevrolet, entre outras, parece não ser o bastante para uma marca tão ambiciosa quanto a BYD.  

Sendo assim, a chinesa estuda uma cooperação com a Tesla, a sua maior rival. Embora pareça uma estratégia ousada, faz todo sentido se o objetivo é derrubar as fabricantes de carro a combustão. É como diz aquele bom e velho ditado: “se você não pode vencer seu inimigo, junte a ele”.  

Só que nesse caso, a BYD já venceu se considermos que apesar do Model Y ser o carro mais vendido em 2025, enquanto os outros modelos da marca de Elon Musk não têm a mesma expressividade no mercado. Diferente da fabricante chinesa, a Tesla não conseguiu um lugar entre as marcas mais vendidas.  

Em entrevista ao Financial Times, Stella Li, vice-presidente da BYD deixou claro suas intenções: “Nosso inimigo comum é o carro com motor de combustão interna. Precisamos trabalhar juntos… para fazer a indústria mudar”. 

Quais os planos da BYD com a Tesla? 

A executiva não pensa em se juntar à Tesla para desenvolverem produtos juntas. Mas acredita que podem colaborar uma com a outra para ficarem mais fortes e impulsionar a indústria de veículos eletrificados. Vale lembrar que além dos EUA não permitirem a venda de marcas chinesas, a União Europeia também está tornando as coisas mais difíceis para elas. 

Em suma, a União Europeia (UE) não só impôs tarifas as empresas chinesas, como está pressionando as fabricantes a transferir a propriedade intelectual para empresas europeias em troca de subsídios. A comissão argumentou que a Europa se tornou uma terra fertil para a China devido subsídios oferecidos. 

Dentre eles, a UE cita suprimentos de lítio e baterias com desconto de empresas estatais, isenções fiscais, financiamento favorável de bancos controlados pelo estado e até mesmo terras baratas para construir fábricas. Atualmente a BYD investe em suas fábricas na Hungria e Turquia. 

Ainda na entrevista ao Financial Times, Li que os EUA não é uma preocupação para eles. O foco da BYD no momento é continuar crescendo em outros mercados e isso inclui derrubar o motor a combustão. O que resta saber é se ela terá o apoio da Tesla para isso. Até o momento Musk não se posicionou publicamente sobre as fala da vice-presidente.  

Será que uma parceria entre BYD e Tesla é possível? Conte sua opinião nos comentários.  

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